Costa apela à população para reforçar medidas de prevenção
O primeiro-ministro considera que a prevenção cabe a toda a população, “podendo todos colaborar para aquilo que é o mais importante, que é reduzir os riscos de contaminação e de infecção”.
O primeiro-ministro apelou este sábado à população que reforce as medidas de prevenção para conter os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, salientando que é importante ter a consciência dos riscos e evitar alarmismos.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O primeiro-ministro apelou este sábado à população que reforce as medidas de prevenção para conter os riscos de contaminação pelo novo coronavírus, salientando que é importante ter a consciência dos riscos e evitar alarmismos.
“Gostaria de reforçar o apelo para que todos nós tenhamos em matéria deste risco epidémico, os mesmos cuidados de prevenção e evitarmos o alarmismo desnecessário”, disse aos jornalistas António Costa, à margem da inauguração do Comando Regional de Emergência e Protecção Civil (CREPC) do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), em Loulé, no distrito de Faro.
O primeiro-ministro considera que a prevenção cabe a toda a população, “podendo todos colaborar para aquilo que é o mais importante, que é reduzir os riscos de contaminação e de infecção”. “É necessário que todos nos empenhemos em conter os riscos, contribuindo com o lavar as mãos, evitando o excesso de contactos, colocar as mãos na boca, nariz ou nos olhos”, sublinhou António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro, “as autoridades trabalham com cenários para prepararem aquilo que tem de ser preparado para o caso de alguma eventualidade, mas que não pode ser confundido com previsão do que vá acontecer”, numa alusão às previsões avançadas pela directora-geral da Saúde de que cerca de um milhão de portugueses poderiam ser infectados pelo Covid-19.
“Aliás, a senhora directora-geral da Saúde já teve oportunidade de esclarecer que não se confundam o que são cenários com o que são previsões”, reforçou.
António Costa presidiu hoje às cerimónias do Dia Internacional da Protecção Civil que decorreram no concelho de Loulé, onde inaugurou duas infra-estruturas da ANEPC, o CREPC do Algarve, situado na cidade de Loulé, e a Base de Apoio Logístico (BAL) em Quarteira.
As novas instalações do CREPC vão agregar o comando de operações de emergência, protecção civil e socorro, a coordenação institucional e operacional da estrutura regional da Protecção Civil, o comando integrado de todos os corpos de bombeiros e a gestão de meios e recursos de emergência.
A BAL vai apoiar as operações de emergência, protecção e socorro, com capacidade de armazenamento de equipamento, abastecimento e parqueamento de meios de reforço, bem como a instalação de uma força de resposta imediata dos bombeiros municipais de Loulé, com valências de socorro, combate a incêndios e emergência médica.
O investimento nas duas estruturas ascendeu aos 2,6 milhões de euros, suportados em 85% por fundos comunitários, tendo a Câmara de Loulé assegurado os restantes 15%.
Em Portugal, até ao momento, os 59 casos suspeitos que fizeram testes nos hospitais deram todos negativos do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que dá origem à doença Covid-19.
O surto do novo coronavírus, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infectou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios. Das pessoas infectadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.835 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infecção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”. A DGS manteve na sexta-feira o risco da epidemia para a saúde pública em “moderado a elevado”.