Semana da Moda de Xangai planeia desfile virtual por causa do coronavírus

Comité organizador do desfile prometeu “um evento de moda inovador” para o público em geral, mas não avançou mais detalhes sobre o acontecimento.

Foto
Xangai, China Reuters/ALY SONG

A Semana da Moda de Xangai vai realizar um desfile virtual em 30 de Março, em conjunto com o grupo de comércio electrónico Alibaba, depois de cancelar todos os seus eventos devido ao surto do coronavírus.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Semana da Moda de Xangai vai realizar um desfile virtual em 30 de Março, em conjunto com o grupo de comércio electrónico Alibaba, depois de cancelar todos os seus eventos devido ao surto do coronavírus.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira na sua conta oficial na rede social WeChat, o comité organizador prometeu “um evento de moda inovador” para o público em geral. “Face ao rápido desenvolvimento tecnológico, a inovação industrial abre novas possibilidades. A Semana da Moda de Xangai (SFW, na sigla original) sempre se considerou exploradora e pioneira do sector”, lê-se na mesma nota. O comité não avançou mais detalhes sobre o evento.

O número de mortos na China continental devido ao coronavírus subiu esta sexta-feira em 44, para 2788, ao mesmo tempo que o país registou 433 novos casos de infecção por SARS-CoV-2, fixando o total em 78.824. Vários eventos foram cancelados no país para prevenir a propagação da doença.

Em termos mundiais, o vírus, que foi detectado na China em Dezembro de 2019, já infectou mais de 83 mil pessoas, que apresentaram sintomas da doença  Covid-19 — destas, mais de 36 mil recuperaram, tendo-se registado até ao momento 2858 óbitos, o que representa uma taxa de mortalidade na ordem de 3,4%. Já a taxa de recuperação é de 43,7%.

Fora da China continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan. O Covid-19 já foi detectado em 49 países. Esta sexta-feira, a Nova Zelândia, Bielorrússia, Lituânia e Nigéria confirmaram os seus primeiros casos de Covid-19, muitos deles detectados em cidadãos chegados recentemente do Irão. Na quinta-feira tinham sido os Países Baixos, a Dinamarca e a Estónia.

O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na quinta-feira que a luta contra a disseminação global do Covid-19 entrou “num ponto decisivo" e que seria “fatal” para qualquer país partir do pressuposto de que não iria detectar nenhum caso de infecção. Ainda que assuma que com as medidas certas o vírus pode ser contido, Ghebreyesus pede aos países que estejam preparados para lidar com cenários como o primeiro caso, o primeiro indício de transmissão na comunidade ou um possível surto.

Ghebreyesus disse numa entrevista que esta é a “janela de oportunidade” para os países lidarem com o novo coronavírus e pediu às nações mundiais que tomem medidas para conter uma rápida disseminação do Covid-19, algo que, na sua óptica, ainda é possível”.


Descarregue a app do PÚBLICO, subscreva as nossas notificações e esteja a par da evolução do novo coronavírus.