Os portugueses e os arrozes portugueses: é preciso voltar ao princípio
A preguiça e o provincianismo conspiram para se virar as costas ao nosso melhor arroz – o carolino – e empregar o arroz agulha a torto e a direito, só porque é mais fácil de fazer, guardar, reaquecer e sei lá mais o quê.
Até aqui tenho pensado que é uma estupidez nós, portugueses, não darmos valor às coisas que temos. Falo das coisas que já temos, que não são caras nem difíceis de obter. Estamos fartos de vê-las, ao ponto de já nem conseguirmos vê-las – tanto no sentido de enjoo como no sentido de cegueira, de se terem tornado invisíveis aos nossos olhos.
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Até aqui tenho pensado que é uma estupidez nós, portugueses, não darmos valor às coisas que temos. Falo das coisas que já temos, que não são caras nem difíceis de obter. Estamos fartos de vê-las, ao ponto de já nem conseguirmos vê-las – tanto no sentido de enjoo como no sentido de cegueira, de se terem tornado invisíveis aos nossos olhos.