Lista com 156 escolas com amianto é “apenas a ponta do icebergue”, alerta STOP

O amianto é uma substância cancerígena presente em diversos materiais de construção usados nos estabelecimentos de ensino, sobretudo até aos anos 1980.

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Amianto é uma substância cancerígena e está presente em diversos materiais de construção Nelson Garrido

O Sindicato de Todos os Professores (STOP) apresentou esta quinta-feira uma lista de mais de 150 escolas com estruturas de fibrocimento contendo amianto, mas acredita que este levantamento seja “apenas a ponta do icebergue”.

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O Sindicato de Todos os Professores (STOP) apresentou esta quinta-feira uma lista de mais de 150 escolas com estruturas de fibrocimento contendo amianto, mas acredita que este levantamento seja “apenas a ponta do icebergue”.

Em menos de um ano, com a ajuda de professores e funcionários, o STOP identificou 156 estabelecimentos de ensino, desde jardins-de-infância até secundárias, onde alegadamente existem materiais com amianto.

André Pestana, dirigente sindical do STOP, explicou que a lista divulgada só tem casos onde são visíveis placas de fibrocimento, habitualmente usadas nas telhas para coberturas dos recreios e zonas exteriores, e sublinha que o amianto “não existe apenas nas famosas placas de fibrocimento”.

Proibida há cerca de 15 anos, esta fibra natural é uma substância cancerígena e está presente em diversos materiais de construção usados também dentro das salas de aula.

O sindicalista diz que o Governo “continua sem cumprir a lei" e acrescenta que o levantamento e a divulgação da lista das escolas, bem como a calendarização das obras para a retirada daquele material, são “uma responsabilidade do Governo e do Ministério da Educação. A tutela tinha “a obrigação e o dever de fazer este trabalho para salvaguardar a saúde de milhares e milhares de crianças e de profissionais de educação”, lamentou em declarações à agência Lusa.

Para André Pestana “é impressionante não haver uma tomada de posição clara do Ministério da Educação”. Por outro lado, o dirigente do STOP saudou a recente decisão da Provedoria da Justiça de pedir ao executivo a lista das escolas para que no futuro se possa controlar este problema de saúde pública e ambiental.