Entre o visionário e o condomínio fechado – a nova capital que Sissi mandou erguer no Egipto

Com os actuais 23 milhões de habitantes e 40 milhões previstos para 2050, o Cairo transformou-se num monstro urbano de poluição, engarrafamentos e construções anárquicas.

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Trabalhadores chineses no local da futura Iconic Tower, o prédio mais alto da nova capital Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Há dias, quando o instituto de estatística egípcio anunciava que o terceiro país mais populoso de África ultrapassara os 100 milhões de habitantes, em Paris realizava-se a Jornada Industrial e Comercial Franco-egípcia, onde o Governo do Egipto procurava vender-se como uma ponte essencial entre a Europa e África e captar investimento para os megaprojectos de obras públicas actualmente em desenvolvimento e que o Presidente, Abdel Fattah el-Sissi, pretende deixar como o seu legado.