Ronaldo ficou a zero na derrota em Lyon
Juventus perde na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Manchester City triunfa no Bernabéu sobre o Real Madrid.
Mesmo com um Cristiano Ronaldo em grande forma, a marcar há nove jogos consecutivos, a Juventus nada trouxe da sua viagem a França. Na partida da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões contra o Olympique Lyon, os franceses triunfaram por 1-0 e ganharam vantagem na eliminatória, que terá o segundo jogo a 17 de Março, em Turim. Se em Lyon o triunfo foi para a equipa da casa, no Bernabéu ganhou o visitante. O Manchester City conseguiu a reviravolta, vencendo por 1-2 o Real Madrid, garantindo uma boa vantagem para o encontro da segunda mão, no Etihad, também a 17 de Março.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Mesmo com um Cristiano Ronaldo em grande forma, a marcar há nove jogos consecutivos, a Juventus nada trouxe da sua viagem a França. Na partida da primeira mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões contra o Olympique Lyon, os franceses triunfaram por 1-0 e ganharam vantagem na eliminatória, que terá o segundo jogo a 17 de Março, em Turim. Se em Lyon o triunfo foi para a equipa da casa, no Bernabéu ganhou o visitante. O Manchester City conseguiu a reviravolta, vencendo por 1-2 o Real Madrid, garantindo uma boa vantagem para o encontro da segunda mão, no Etihad, também a 17 de Março.
Sendo a Juventus uma equipa construída para a Liga dos Campeões, era de esperar um domínio, se não avassalador, pelo menos forte em Lyon, mas só entrou em campo o estatuto. Tirando um par de arrancadas de Cristiano Ronaldo pelo flanco esquerdo que terminaram em cruzamentos perigosos sem o melhor seguimento, o Lyon assumiu o controlo do jogo a meio do primeiro tempo e o seu guarda-redes Anthony Lopes pouco teve para fazer, ao contrário de Szczesny na baliza da Juventus.
Toko-Ekambi deixou um primeiro aviso aos 21’, com uma bola à trave, mas a oportunidade seguinte seria mesmo a contar. Aos 31’, Aouar fez o que quis no flanco esquerdo e deixou a bola para Tousart fazer o 1-0.
Não houve grande reacção da Juventus (que terminaria a primeira parte sem qualquer remate enquadrado com a baliza) e foi o Lyon a carregar em busca de mais golos. Por duas vezes Toko-Ekambi teve o 2-0 ao seu alcance, aos 41’ e aos 42’, em ambas falhando a baliza por pouco.
Maurizio Sarri, sempre com uma beata apagada na boca, não mudou nada para a segunda parte, confiando na reviravolta dos 11 da Juventus que entraram de início. Mas a reviravolta não aconteceu.
A Juventus foi, de facto, mais perigosa na segunda parte e até pareceu ter razões de queixa da arbitragem num lance que envolveu Dybala (puxado por Bruno Guimarães na área dos franceses), mas a verdade é que a formação italiana terminou o jogo sem ter conseguido um remate enquadrado com a baliza de Anthony Lopes. E o Lyon, que é apenas sétimo classificado do campeonato francês, festejou a primeira vitória da sua história sobre a “vecchia signora”.
Reviravolta em Madrid
Em Madrid, o Santiago Bernabéu foi o palco do encontro entre duas equipas com muitas aspirações nesta Champions e comandadas por dois dos melhores médios do futebol mundial, o Real Madrid de Zinedine Zidane contra o Manchester City de Pep Guardiola. Um encontro entre uma formação “merengue” à procura de restaurar o seu estatuto dominante (13 títulos) no futebol europeu e os “citizens” a tentarem aproveitar aquela que talvez seja a sua última oportunidade em muito tempo de conquistarem a Liga dos Campeões caso se confirme o castigo de dois anos sem competições europeias aplicado pela UEFA.
De nada valeu ao Real o estatuto frente ao campeão inglês, que teve Bernardo Silva de início e João Cancelo no banco. Depois de uma primeira parte dividida, com oportunidades para os dois lados, mas sem golos, os “merengues” até se colocaram em vantagem aos 60’. Vinícius Júnior levou a bola até à área do City, atraiu os defesas ingleses e colocou a bola no momento certo para a entrada de Isco, que bateu Ederson.
Durou pouco a vantagem do Real. Aos 78’, Kevin de Bruyne ganhou espaço no flanco esquerdo do ataque do City, picou a bola para a área e Gabriel Jesus, nas costas de Sérgio Ramos, fez o empate — pareceu haver um empurrão do avançado brasileiro ao central do Real, mas nada foi assinalado e o golo valeu.
Pouco depois, Dani Carvajal derrubou Raheem Sterling na área e De Bruyne, aos 83’, bateu o seu compatriota Courtois da marca dos 11 metros, concretizando a reviravolta da equipa de Guardiola. E para piorar as coisas para o Real, Sérgio Ramos foi expulso aos 86’ por derrubar Gabriel Jesus quando este se encaminhava na direcção da baliza de Courtois. Foi a 26.ª expulsão da carreira do capitão dos “merengues”, que será uma baixa importante para Zidane no jogo da segunda mão em Manchester.