Praça Tahrir foi apenas um desvio numa história autoritária

Nove anos depois da revolução, o Egipto de Sissi controla mais, reprime mais e está mais sombrio que os momentos mais escuros de Mubarak

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A Praça Tahrir em plena revolução, numa foto de Yannis Behrakis, falecido o ano passado YANNIS BEHRAKIS/Reuters

Como Hosni Mubarak, Abdel Fatah al-Sissi não queria ser Presidente. As circunstâncias ditaram a chegada ao poder de ambos, mas aí chegados, trabalharam para se perpetuar no cargo por todos os meios. Mubarak, piloto de caças que herdou o poder quando Anwar Sadat foi assassinado pelos islamistas, ficou 30 anos. Sissi, um general discreto e aparentemente sem grandes ambições, alterou a Constituição para se manter até 2034. Os dois recorrendo ao exército como sustentação do regime e tendo a Irmandade Muçulmana como inimiga a abater.

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Como Hosni Mubarak, Abdel Fatah al-Sissi não queria ser Presidente. As circunstâncias ditaram a chegada ao poder de ambos, mas aí chegados, trabalharam para se perpetuar no cargo por todos os meios. Mubarak, piloto de caças que herdou o poder quando Anwar Sadat foi assassinado pelos islamistas, ficou 30 anos. Sissi, um general discreto e aparentemente sem grandes ambições, alterou a Constituição para se manter até 2034. Os dois recorrendo ao exército como sustentação do regime e tendo a Irmandade Muçulmana como inimiga a abater.