Bolsas voltam a ter um dia de perdas
Principais praças europeias fecharam o dia a descer, com o Stoxx 600 a perder 1,82% e o PSI 20 2,29%. Investidores procuram activos de refúgio como as obrigações alemãs.
Depois da forte queda dos mercados registada na segunda-feira, os receios dos investidores voltaram hoje a empurrar as bolsas para terreno negativo, embora com uma menor expressão. Na Europa, o vermelho, cor das perdas, esteve presente nas principais praças, precedido por uma queda mais expressiva na bolsa japonesa. De acordo com a Reuters, o mercado de acções europeu está agora em mínimos dos últimos dois meses. Sectores como a aviação estão entre os mais afectados, com a Lufthansa, EasyJet e a Ryanair, que já tinham sofrido uma forte queda ontem, a voltarem a descer, entre 1,5% e 3,6%.
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Depois da forte queda dos mercados registada na segunda-feira, os receios dos investidores voltaram hoje a empurrar as bolsas para terreno negativo, embora com uma menor expressão. Na Europa, o vermelho, cor das perdas, esteve presente nas principais praças, precedido por uma queda mais expressiva na bolsa japonesa. De acordo com a Reuters, o mercado de acções europeu está agora em mínimos dos últimos dois meses. Sectores como a aviação estão entre os mais afectados, com a Lufthansa, EasyJet e a Ryanair, que já tinham sofrido uma forte queda ontem, a voltarem a descer, entre 1,5% e 3,6%.
O Stoxx 600, índice pan-europeu, caiu 1,82%, em linha com a descida registada na Alemanha, de 2,4%. Em Itália, onde o surto está a ter uma maior expressão, a descida foi de 1,44%, contra os 5,42% de segunda-feira. Já Espanha teve uma variação negativa de 2,4% e em Portugal o PSI 20 caiu 2,29% (o que compara com os 3,53% de segunda-feira), com os pesos-pesados BCP e EDP a perderem 3,8% e 3,7%, respectivamente.
A aversão ao risco e procura por activos de refúgio, como acontece em conjunturas mais conturbadas, levou a um ligeiro aumento do prémio de risco das obrigações italianas (a taxa de juro implícita na dívida a dez anos subiu para os 1,02% ao final de tarde, de acordo com a Reuters) mas também das espanholas, portuguesas e gregas, com os investidores a optarem pela dívida alemã (cuja taxa ficou ainda mais em terreno negativo ao passar para os 0,52%).
Já o ouro desceu do patamar onde estava, no máximo de sete anos, para 1652 dólares por onça mas, segundo operadores de mercado, devido à realização de mais-valias, e o petróleo (Brent) teve uma queda ligeira e fixou-se nos 56,06 dólares por barril.
Nos EUA, as bolsas também se mantiveram no vermelho. Pelas 19h30 o Nasdaq perdia 1,62%, o Dow Jones 1,88% e S&P 1,81%.
A diferença destes dois últimos dias face às últimas semanas por parte dos mercados tem essencialmente a ver a expansão do novo Coronavírus fora da China, com destaque para o aumento de casos em Itália e na Coreia do Sul. Neste momento, receia-se que possa vir a verificar-se uma pandemia, afectando um crescimento económico que já tem sido ténue por si só e ainda de ressaca face às recentes crises.