Laboratório do Hospital de São João já testa casos suspeitos de coronavírus
Instituto Dr. Ricardo Jorge deixa de ser o único laboratório a fazê-lo no país. Resultados dos testes são obtidos em cerca de duas horas e meia.
O laboratório de patologia clínica do Centro Hospitalar e Universitário de S. João (CHUSJ) foi o segundo do país a testar um caso suspeito de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), o 13.º. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), em Lisboa, deixou assim de ser o único laboratório do país a efectuar este tipo de testes.
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O laboratório de patologia clínica do Centro Hospitalar e Universitário de S. João (CHUSJ) foi o segundo do país a testar um caso suspeito de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19), o 13.º. O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa), em Lisboa, deixou assim de ser o único laboratório do país a efectuar este tipo de testes.
O 13.º caso suspeito de infecção, um doente proveniente de Milão (Itália) que foi encaminhado para o hospital de S. João após uma avaliação clínica e epidemiológica, acabou por dar negativo no domingo, como todos os casos anteriores.
Os resultados destes testes são obtidos rapidamente, em cerca de duas horas e meia, explicou ao PÚBLICO o director do serviço de patologia clínica do CHUSJ, Tiago Guimarães. O laboratório está preparado nesta fase para testar até uma dúzia de casos por dia, mas será possível alargar a capacidade até duas ou três centenas de análises diariamente, se tal se revelar necessário, especificou.
Num cenário desses, porém, serão necessários mais recursos humanos e mais material, como reagentes e equipamentos de protecção. Portugal tem uma rede de laboratórios que se articula e que tem capacidade para efectuar testes de todo o tipo de vírus respiratórios, uma das “boas” heranças da pandemia de gripe de 2009 (que ficou conhecida como a gripe A), sublinhou.
Com a multiplicação de casos em Itália, “o padrão” da situação “mudou”, até porque o número de portugueses naquele país será muito elevado, mas o país dispõe de um plano de contingência desde o tempo da gripe A que tem sido accionado de novo noutro tipo de crises de saúde pública, como a do Ébola, afirmou Tiago Guimarães.
A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse entretanto à RTP que o plano de contingência se mantém enquanto se avalia a necessidade de aumentar o nível de alerta. “Estamos a analisar a situação com muito cuidado, ainda há muitas incógnitas, a situação é relativamente nova, foi declarada há poucos dias e em Itália ainda estão a tentar descobrir como apareceu” o primeiro caso, justificou.
A DGS marcou uma conferência de imprensa para as 17h30 desta segunda-feira.