Não sei como dizê-lo de forma delicada, mas há poucos sinais mais claros de desespero do que quando um cronista é forçado a lançar a frase “as pessoas não são estúpidas” a um seu interlocutor. Significa que o cronista confia menos na sua argumentação do que na tentativa de conseguir o favor da audiência através da insinuação de que o seu oponente, no fundo, ache que o público não é suficientemente inteligente para decidir as coisas por si. O argumento é facilmente invertido: na verdade, quem acha mesmo que o público é suficientemente inteligente para chegar às suas conclusões não precisaria nunca de tal insinuação num debate.
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Não sei como dizê-lo de forma delicada, mas há poucos sinais mais claros de desespero do que quando um cronista é forçado a lançar a frase “as pessoas não são estúpidas” a um seu interlocutor. Significa que o cronista confia menos na sua argumentação do que na tentativa de conseguir o favor da audiência através da insinuação de que o seu oponente, no fundo, ache que o público não é suficientemente inteligente para decidir as coisas por si. O argumento é facilmente invertido: na verdade, quem acha mesmo que o público é suficientemente inteligente para chegar às suas conclusões não precisaria nunca de tal insinuação num debate.