O texto de ontem de Rui Tavares sobre papel do referendo numa democracia representativa indicia muito pouca fé no voto popular. Rui Tavares afirma que o referendo só deve “servir para uma maioria tomar uma decisão sobre algo que a todos afeta”, insiste que esse não é o caso da eutanásia, e depois lista uma série de causas que seriam (injustamente) perdidas se referendadas, incluindo estas: “a pena de morte seria facilmente aprovada num referendo a seguir a um crime hediondo” ou “as expropriações de ‘inimigos de classe’ teriam sido aprovadas em referendo em certos períodos revolucionários”.
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O texto de ontem de Rui Tavares sobre papel do referendo numa democracia representativa indicia muito pouca fé no voto popular. Rui Tavares afirma que o referendo só deve “servir para uma maioria tomar uma decisão sobre algo que a todos afeta”, insiste que esse não é o caso da eutanásia, e depois lista uma série de causas que seriam (injustamente) perdidas se referendadas, incluindo estas: “a pena de morte seria facilmente aprovada num referendo a seguir a um crime hediondo” ou “as expropriações de ‘inimigos de classe’ teriam sido aprovadas em referendo em certos períodos revolucionários”.