Equipa especial anti-racismo assistiu a insultos contra Marega

Semanário Expresso avança que grupo de magistrados foi destacado para a partida em que Marega foi alvo de cânticos racistas. Esta equipa especializada no combate à violência do Desporto opera apenas no Minho, mas intenção é alargar projecto a outros estádios.

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Jogadores do FC Porto tentam demover Moussa Marega LUSA/HUGO DELGADO

Na partida em que Moussa Marega abandonou o relvado após ter sido alvo de insultos racistas, estava presente uma equipa especial do Ministério Público (MP) especializada no combate à violência no futebol. O Expresso avança que esta formação composta por magistrados esteve presente no D. Afonso Henriques na partida entre o V. Guimarães e FC Porto com o objectivo de vigiar a principal claque dos vimaranenses, os White Angels. 

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Na partida em que Moussa Marega abandonou o relvado após ter sido alvo de insultos racistas, estava presente uma equipa especial do Ministério Público (MP) especializada no combate à violência no futebol. O Expresso avança que esta formação composta por magistrados esteve presente no D. Afonso Henriques na partida entre o V. Guimarães e FC Porto com o objectivo de vigiar a principal claque dos vimaranenses, os White Angels. 

Este grupo de magistrados faz parte de um projecto criado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em conjunto com a PSP com o objectivo de preparar a aplicação da nova lei contra a violência no desporto. A PGR adiantou ao semanário que esta equipa de magistrados apenas esteve presentes em jogos do V. Guimarães e do Sp. Braga, mas que a intenção passa por replicar o projecto nos restantes estádios “de forma faseada”. 

Esta equipa de magistrados também marcou presença na recepção vitoriana ao Benfica, uma partida que valeu um processo disciplinar a ambas as equipas pelas interrupções causadas pelo mau comportamento dos adeptos. 

De acordo com a PGR, o projecto foi bastante eficaz na interdição de adeptos identificados em incidentes de violência: “Nos cinco meses de execução deste projecto foram aplicadas, em sede de processo penal, mais medidas de interdição de acesso a recinto desportivo na comarca piloto do que em mais de dez anos.” Contudo, a generalidade dos operacionais da PSP contactados pelo semanário reconhece que as imitações de sons de macaco e outros cânticos racistas não são novidade mos estádios portugueses, admitindo que é raro existirem detenções nestes casos. A autoridade só age caso se verifiquem agressões. 

Quanto ao caso de Marega, as autoridades trabalham para conseguirem identificar os adeptos responsáveis pelos cânticos racistas que motivaram a saída do avançado maliano aos 71’. De acordo com fontes policiais – que dão o caso como prioritário –, foram sinalizadas entre 10 e 20 pessoas, com o Comando de Braga da PSP a analisar as imagens de videovigilância do reduto vimaranense.

De acordo com os dados recolhidos pelo PÚBLICO após o incidente, mais de uma centena de adeptos está proibido de frequentar recintos desportivos, sendo que a maioria destas interdições se prende com a deflagração de engenhos pirotécnicos e incitamento à violência.