Perdido no Google Maps? Experimente o Live View
Testámos durante uns meses a função com Realidade Aumentada que está ainda em fase beta. Foi uma boa ajuda, regra geral, quando havia dúvidas sobre por onde continuar a caminhar.
Aplicações como o Google Maps facilitam as nossas deslocações, mas por vezes também podem confundir-nos. Quem é que nunca ficou a olhar para o mapa sem perceber em que direcção fica o caminho que está a ser indicado no ecrã? Quem é que nunca ficou ali parado no cruzamento, a rodar o equipamento para todos os lados para tentar perceber para que rumo aponta a seta?
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Aplicações como o Google Maps facilitam as nossas deslocações, mas por vezes também podem confundir-nos. Quem é que nunca ficou a olhar para o mapa sem perceber em que direcção fica o caminho que está a ser indicado no ecrã? Quem é que nunca ficou ali parado no cruzamento, a rodar o equipamento para todos os lados para tentar perceber para que rumo aponta a seta?
Foi a pensar nestas situações que, no último trimestre de 2019, o Google introduziu a função Live View na aplicação dos Mapas. Pretende ser um auxílio extra naqueles momentos de maior dúvida, e embora continue numa fase beta, já está disponível tanto para Android (dispositivos compatíveis com ARCore) como para iOS, seja smartphone ou tablet.
Na prática, esta funcionalidade acrescenta uma camada de realidade aumentada aos mapas, colocando indicações de sentido (setas) por cima da imagem que a nossa câmara está a ver quando erguemos o telemóvel para a paisagem que nos rodeia. Por isso mesmo, só se destina a ser usado em caminhada e não durante a condução, e só em momentos de dúvida.
Como se sabe, o Google Maps acaba de cumprir 15 anos de vida e festejou este marco com uma série de novidades que pretendem ser úteis para as nossas deslocações. O Live View já tem alguns meses, e depois de o testarmos em três países diferentes, chegámos à conclusão que é uma simples mudança com enorme mais-valia.
Também é verdade que a função teve comportamentos um pouco distintos. Funcionou melhor em cidades de Espanha e Itália, teve mais erros em Macau. Mas é igualmente verdade que tem melhorado nestes tempos de testes, ao ponto de despertar sempre o interesse de quem seguia comigo.
Usa-se facilmente. Aberta a aplicação, introduz-se o destino. Depois pede-se ao Google Maps para calcular o trajecto. A aplicação costuma sugerir mais do que um caminho. Escolhida a alternativa preferida, é só carregar no ícone Live View.
A partir daí, começa a navegação com Realidade Aumentada. A app vai pedir acesso à câmara. E, nessa altura, temos de apontá-la para o que nos rodeia. São dadas instruções visuais, fáceis de entender. Convém apontar a câmara para edifícios, placas e letreiros, em vez de árvores ou pessoas.
Isto porque o Google Maps ou lê o que as placas dizem ou vai comparar as imagens das fachadas com os dados que tem no Google Street View para determinar a nossa posição. O que significa também que o Live View funciona bem nas ruas que foram rastreadas pelo Street View e não será grande ajuda em todos os locais que não foram (no interior de uma garagem pública ou parque de estacionamento fechado, por exemplo).
Assim que tiver percebido onde nos encontramos, o Google Maps sobrepõe setas e indicações de sentido na imagem que temos no ecrã e que é fornecida pela câmara. E com isso dissipa as dúvidas sobre em que direcção devemos continuar.
Se baixarmos o ecrã (e a própria app recomenda-o, porque é um perigo caminhar com os olhos pregados no dispositivo), o Google Maps volta ao seu aspecto habitual de mapa em 2D, mantendo as indicações até ao destino. Em caso de nova dúvida, basta levantar o ecrã de novo, para de imediato activar o Live View.
Esta função tinha sido anunciada em Maio de 2019 e agora já está aí para quem tiver dispositivos compatíveis.