Uma voz inovadora na historiografia portuguesa
Para o historiador Rui Ramos, Vasco Pulido Valente trouxe de Oxford uma visão que o distinguia da escola marxista então dominante em Portugal. E “tinha uma grande originalidade, era capaz de descobrir, para uma enorme quantidade de situações, processos, acontecimentos, ângulos diferentes, que ninguém ainda explorara.”
“Vasco Pulido Valente introduziu uma nova perspectiva na historiografia portuguesa relativa ao século XIX e ao princípio do século XX”, salienta o historiador Rui Ramos. Uma singularidade que, no contexto dos anos 70, quando a historiografia portuguesa era ainda essencialmente de influência francesa, lhe advinha desde logo da sua formação anglo-saxónica. Pulido Valente estudara em Inglaterra e doutorara-se em Oxford, e foi justamente a partir da sua tese de doutoramento que desenvolveu aquele a que Ramos chama “o seu primeiro livro importante”, O Poder e o Povo: A Revolução de 1910, uma obra de referência originalmente publicada em 1976 e que foi recentemente reeditada, com um prefácio actualizado pelo autor, por ocasião do centenário da implantação da República.
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“Vasco Pulido Valente introduziu uma nova perspectiva na historiografia portuguesa relativa ao século XIX e ao princípio do século XX”, salienta o historiador Rui Ramos. Uma singularidade que, no contexto dos anos 70, quando a historiografia portuguesa era ainda essencialmente de influência francesa, lhe advinha desde logo da sua formação anglo-saxónica. Pulido Valente estudara em Inglaterra e doutorara-se em Oxford, e foi justamente a partir da sua tese de doutoramento que desenvolveu aquele a que Ramos chama “o seu primeiro livro importante”, O Poder e o Povo: A Revolução de 1910, uma obra de referência originalmente publicada em 1976 e que foi recentemente reeditada, com um prefácio actualizado pelo autor, por ocasião do centenário da implantação da República.