José Manuel Pureza: “Ninguém reclama que se chegue a um momento em que o debate termina para todo o sempre”
José Manuel Pureza é umas das vozes em São Bento a favor da despenalização da morte assistida. Diz que há sempre margem para melhorar os projectos que vão agora a debate. “Para já, todos são muito próximos, no essencial e, portanto, creio que a haver, como espero, uma aprovação na generalidade, será razoavelmente fácil haver um esforço de aproximação, com contributos específicos de cada força política proponente.”
O deputado do Bloco de Esquerda e vice-presidente da Assembleia da República diz que aprendeu muito ao longo destes anos, “com o trabalho de profundidade muito grande no Parlamento e fora dele”, e não tem dúvidas sobre o seu voto hoje. Aos que pedem um referendo nacional sobre a matéria responde que é o “argumento dos que procuram pretextos para deslegitimar um processo que é legítimo”. Sobre a alegada falta de debate, dá uma resposta parecida: “Já sabemos o que é que isso quer dizer. As pessoas que são contra vêm encontrando um conjunto de pretextos para criar entraves à prossecução do projecto legislativo.” E argumenta que a aprovação da lei abrirá espaço para uma discussão mais exigente.