1. As perspectivas não são as melhores para o Conselho Europeu extraordinário que hoje começa em Bruxelas sem hora ou data marcada para terminar. Pela primeira vez, os chefes de Estado e de Governo vão confrontar-se abertamente em torno da última proposta de orçamento plurianual da União (2021-2027), apresentada há menos de uma semana por Charles Michel, que preside ao Conselho. Não houve, até hoje, o menor sinal de cedência em qualquer das frentes da batalha. Um acordo seria um “milagre”, apesar dos esforços de Michel para oferecer um ou outro “rebuçado” a este ou aquele país, acreditando que, quando o combate estiver ao rubro, cada um dos “amigos da coesão” deixará de lado a solidariedade para se preocupar, mais realisticamente, com o seu próprio “envelope nacional”. Do outro lado, os chamados “países frugais” – os contribuintes líquidos, pela simples razão de que são os mais ricos – não têm pressa e sabem que os ventos políticos que hoje sopram na Europa são a favor dos chamados “interesses nacionais”. É talvez essa a grande diferença em relação às anteriores negociações. A outra é a necessidade de compensar o “buraco” de 75 mil milhões de euros deixado pelo Reino Unido, até agora, o segundo maior contribuinte líquido.
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1. As perspectivas não são as melhores para o Conselho Europeu extraordinário que hoje começa em Bruxelas sem hora ou data marcada para terminar. Pela primeira vez, os chefes de Estado e de Governo vão confrontar-se abertamente em torno da última proposta de orçamento plurianual da União (2021-2027), apresentada há menos de uma semana por Charles Michel, que preside ao Conselho. Não houve, até hoje, o menor sinal de cedência em qualquer das frentes da batalha. Um acordo seria um “milagre”, apesar dos esforços de Michel para oferecer um ou outro “rebuçado” a este ou aquele país, acreditando que, quando o combate estiver ao rubro, cada um dos “amigos da coesão” deixará de lado a solidariedade para se preocupar, mais realisticamente, com o seu próprio “envelope nacional”. Do outro lado, os chamados “países frugais” – os contribuintes líquidos, pela simples razão de que são os mais ricos – não têm pressa e sabem que os ventos políticos que hoje sopram na Europa são a favor dos chamados “interesses nacionais”. É talvez essa a grande diferença em relação às anteriores negociações. A outra é a necessidade de compensar o “buraco” de 75 mil milhões de euros deixado pelo Reino Unido, até agora, o segundo maior contribuinte líquido.