Olafur Eliasson: “A cultura é um desses lugares onde ainda se pode vencer o medo”
Há muito que as mudanças ambientais são a sua área de intervenção. Hoje é um dos artistas mais celebrados do nosso tempo. No Guggenheim de Bilbau, inaugurou uma retrospectiva onde, diz ele, o visitante é também co-criador.
Não é fácil de situar. É um dos artistas mais celebrados do nosso tempo, embora as designações de arquitecto, designer ou activista ambiental também lhe assentem, o que não surpreende em quem se desdobra por exposições, esculturas públicas, palestras, programas educativos, arquitectura ou projectos de dança. É multifacetado, mas não tem dúvidas: “Em todos os momentos sou artista. Mesmo quando construo um edifício, faço-o como arte onde se vive ou se trabalha”, diz-nos o dinamarquês com origens islandesas, de 53 anos, que acaba de inaugurar In Real Life no Guggenheim de Bilbau, uma grande exposição antológica, procedente da Tate Modern de Londres, onde constituiu um enorme sucesso o ano passado.