Liverpool bateu no muro “colchonero”, PSG no fenómeno Haaland

Atlético de Madrid e Borussia Dortmund venceram pela margem mínima e partem em vantagem para a segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

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Haaland foi o protagonista do Borussia Dortmund Reuters/LEON KUEGELER

A desvantagem é curta, mas nos dois primeiros rounds dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões os favoritos foram ao tapete. No regresso ao Wanda Metropolitano, onde em Junho do ano passado conquistou a Liga dos Campeões, o Liverpool ficou cedo em desvantagem e acabou preso na teia de Diego Simeone: um golo de Saúl Ñíguez dá vantagem ao Atlético de Madrid para o segundo duelo, que será disputada a 11 de Março em Anfield Road. No Signal Iduna Park, houve mais um capítulo numa história que promete. Contratado em Janeiro por uns “modestos” 20 milhões de euros, o “fenómeno” Erling Haaland fez a diferença na vitória, por 2-1, do Borussia Dortmund frente ao PSG.

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A desvantagem é curta, mas nos dois primeiros rounds dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões os favoritos foram ao tapete. No regresso ao Wanda Metropolitano, onde em Junho do ano passado conquistou a Liga dos Campeões, o Liverpool ficou cedo em desvantagem e acabou preso na teia de Diego Simeone: um golo de Saúl Ñíguez dá vantagem ao Atlético de Madrid para o segundo duelo, que será disputada a 11 de Março em Anfield Road. No Signal Iduna Park, houve mais um capítulo numa história que promete. Contratado em Janeiro por uns “modestos” 20 milhões de euros, o “fenómeno” Erling Haaland fez a diferença na vitória, por 2-1, do Borussia Dortmund frente ao PSG.

Com um currículo praticamente imaculado na Premier League (25 vitórias e um empate em 26 jornadas), o Liverpool não teve um passeio na fase de grupos frente a Nápoles e RB Salzburgo – apenas garantiu o apuramento na última jornada -, e no regresso a um palco de boas recordações, Jürgen Klopp sabia que iria ter um osso duro de roer.

Na antevisão do duelo em Madrid, o técnico germânico destacou um dos principais trunfos do rival - “Se há clube que sabe jogar para o resultado, é o Atlético” – e o início do confronto entre espanhóis e ingleses foi perfeito para confirmar os elogios de Klopp: logo no quarto minuto, após um canto marcado na direita, a bola desviou em Fabinho e foi ter com Saúl Ñíguez, que aproveitou para colocar no fundo da baliza de Alisson.

A ganhar, o Atlético de Simeone começou a jogar à Atlético de Simeone. Sem qualquer pudor, os “colchoneros” ofereceram a bola aos “reds” e colocaram em prática a arte de bem defender. O resultado? Domínio avassalador na posse de bola para o Liverpool (76% ao intervalo), mas muito pouco trabalho para Jan Oblak na primeira parte. Mohamed Salah, aos 35’, causou o único calafrio ao guarda-redes esloveno, mas o ex-portista Felipe evitou o golo do internacional egípcio.

Ao intervalo, começou o jogo nos bancos. A vencer, Simeone, que não teve João Félix e Herrera disponíveis, trocou um jogador de características ofensivas (Thomas Lemar) por outro vocacionado para defender (Marcos Llorente), enquanto Klopp tentou colocar mais poder de fogo no seu ataque (Sadio Mané, que já tinha cartão amarelo e que esteve em dúvida para o jogo, cedeu o lugar a Divock Origi).

Com o Liverpool mais ofensivo e a correr mais riscos, o Atlético não mudou a estratégia, mas passou a ter mais espaço para contra-atacar. Com isso, ganhou a qualidade do jogo, com as oportunidades de golo a começarem a surgir dos dois lados.

A primeira voltou a ser de Salah, mas o remate de cabeça do avançado saiu ligeiramente ao lado da baliza de Oblak. A resposta do Atlético passou pelos pés de Morata (68’) e de Renan Lodi (71’), mas a iniciativa era do Liverpool, que podia ter empatado, mas na linha da pequena área, Henderson falhou o alvo.

A partir daí, o ritmo de jogo baixou e para frustração de Klopp, o Atlético defendeu a vantagem até final. Pela segunda vez, o Liverpool perdeu esta época na Liga dos Campeões e em Anfield Road não haverá surpresas: Os “reds” vão voltar a deparar-se com um muro “colchonero”.

Na Alemanha, Erling Haaland foi notícia antes, durante e depois do jogo. O anúncio da titularidade do avançado norueguês frente ao PSG, tornou o jovem de 19 anos no primeiro jogador da história a jogar por dois clubes diferentes a mesma edição da Liga dos Campeões. E Haaland, fez a diferença em Dortmund, tal como já tinha feito na fase de grupos pelo RB Salzburgo.

Frente ao todo-poderoso PSG, que tem no seu comando o alemão Thomas Tuchel que treinou o clube de Dortmund em 2015-16 e 2016-17, o Borussia tinha pela frente uma equipa parisiense reforçada (Neymar regressou e formou o trio de ataque com Mbappé e Di María), mas foi quase sempre melhor: na primeira parte, os gauleses fizeram apenas dois remates, contra sete dos germânicos.

O aviso da equipa de Raphael Guerreiro (foi titular) estava dado e na segunda parte, pouco depois de entrar em campo Giovanni Reyna, jovem promessa norte-americana de apenas 17 anos que tem avó portuguesa, começou o espectáculo Haaland: após uma grande jogada dos alemães, Guerreiro rematou e o norueguês aproveitou a defesa incompleta de Navas para fazer o 1-0.

Quebrado o nulo, o jogo ganhou um ritmo impressionante e, meia dúzia de minutos depois, a velocidade de Mbappé fez estragos na defesa alemã, Dan-Axel Zagadou falhou o corte e Neymar aproveitou para empatar. O PSG ficava em posição privilegiada, mas Haaland ainda estava em campo. Logo de seguida, com um remate impressionante de fora da área, o “17” do Dortmund bisou e fez o 39.º golo em 29 jogos esta época.