Venezuela suspende voos da TAP no país por 90 dias

A medida foi comunicada pelo ministro dos Transportes da Venezuela nas redes sociais. Tio de Guaidó é acusado de transportar material explosivo em diversos objectos num voo da TAP.

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TAP impedida de voar na Venezuela Nelson Garrido

A Venezuela suspendeu, esta segunda-feira, as operações da TAP no país. A medida vai prolongar-se nos próximos 90 dias e surge depois de o regime de Nicolás Maduro ter acusado a empresa portuguesa de permitir que um familiar de Juan Guaidó transportasse explosivos durante uma viagem.

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A Venezuela suspendeu, esta segunda-feira, as operações da TAP no país. A medida vai prolongar-se nos próximos 90 dias e surge depois de o regime de Nicolás Maduro ter acusado a empresa portuguesa de permitir que um familiar de Juan Guaidó transportasse explosivos durante uma viagem.

Devido às graves irregularidades cometidas no voo TP173 e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP no nosso território são suspensas por 90 dias, como medida de precaução para proteger a segurança da Venezuela”, escreveu Hipólito Abreu, ministro dos Transportes, no Twitter.

Juan Márquez, tio de Juan Guaidó, foi preso na passada semana depois de ter acompanhado o sobrinho numa viagem de regresso à Venezuela, num voo da TAP. Guaidó voltou ao país depois de ter passado pela Europa e América do Norte. É acusado de transportar material explosivo em diversos objectos. 

As autoridades venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros, embora a segurança aeroportuária não seja da responsabilidade das companhias transportadoras. 

Ao PÚBLICO, a TAP disse não compreender “as razões desta suspensão”, uma vez que “cumpre todos os requisitos legais e de segurança exigidos pelas autoridades de ambos os países”. “Trata-se de uma medida gravosa que prejudica os nossos passageiros, não tendo a companhia sequer tido hipótese de exercer o contraditório”, lamenta a empresa.

O Governo português também já pediu um inquérito para averiguar a veracidade das acusações que envolvem a transportadora aérea portuguesa, dizendo não ter qualquer indício de irregularidades no voo que transportou Marquez e Guaidó.