Agnès Buzyn deixa o Ministério da Saúde francês para se candidatar à câmara de Paris
Após o afastamento de Benjamin Griveaux, devido à divulgação de um vídeo em que aparece em actividade sexual e mensagens sexualmente explícitas, Macron precisava urgentemente de um novo cabeça de lista na capital.
A até agora ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn, é a nova candidata do partido A República em Marcha à Câmara Municipal de Paris, depois de Benjamin Griveaux se ter afastado na sexta-feira, ao ter sido revelado um vídeo seu de cariz sexual, e mensagens sexualmente explícitas que trocou com uma rapariga com quem mantinha uma relação extra-conjungal.
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A até agora ministra da Saúde francesa, Agnès Buzyn, é a nova candidata do partido A República em Marcha à Câmara Municipal de Paris, depois de Benjamin Griveaux se ter afastado na sexta-feira, ao ter sido revelado um vídeo seu de cariz sexual, e mensagens sexualmente explícitas que trocou com uma rapariga com quem mantinha uma relação extra-conjungal.
“Vou concorrer para ganhar”, disse Buzyn à agência AFP. A desistência de Griveaux, que estava em terceiro lugar nas sondagens – depois de a actual presidente da câmara socialista, Anne Hidalgo, e de Rachida Dati, do partido de direita Os Republicanos – criou uma situação complicada para o partido do Presidente Emmanuel Macron, a um mês das eleições. A primeira volta das municipais é já a 15 de Março (a segunda é a 22), e era necessário encontrar um cabeça de lista substituto durante este fim-de-semana.
Segundo a rádio Franceinfo, Buzyn foi convencida a candidatar-te pelo próprio Macron. Deve ser substituída no Governo ainda neste domingo, disseram fontes do República em Marcha à AFP.
No sábado, a polícia de Paris deteve o artista e activista russo Piotr Pavlenski, cujo nome foi usado para registar o site onde foi divulgado o vídeo do ex-ministro Benjamin Griveaux. Pavlenski identificou-se também como autor de um texto sobre Griveaux, onde revela as mensagens sexualmente explícitas, e afirma que o objectivo do site é “denunciar os altos funcionários e representantes políticos que mentem aos seus eleitores e impõem à sociedade o puritanismo que eles próprios desprezam”, dizem os media franceses.
O motivo da detenção, no entanto, não terá tido a ver com este caso. A polícia diz que Pavlenski era procurado por se ter envolvido numa rixa violenta na noite de passagem de ano. Ele e a sua companheira ficaram em prisão preventiva.