Quinta da Pacheca e Murganheira entre as Grandes Escolhas do ano
Prémios da revista Grandes Escolhas destacam personalidades do mundo do vinho e da gastronomia e escolhem os 30 melhores vinhos de 2019.
O Parcela Única 2017, um Alvarinho da região dos Vinhos Verdes feito por Anselmo Mendes, e o Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2016, do Douro, lideram, respectivamente, nas categorias de brancos e tintos, o top 30 de 2019 da Grandes Escolhas, apresentado esta sexta-feira na gala onde a revista de vinhos escolheu também as personalidades que se destacaram no ano passado.
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O Parcela Única 2017, um Alvarinho da região dos Vinhos Verdes feito por Anselmo Mendes, e o Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa 2016, do Douro, lideram, respectivamente, nas categorias de brancos e tintos, o top 30 de 2019 da Grandes Escolhas, apresentado esta sexta-feira na gala onde a revista de vinhos escolheu também as personalidades que se destacaram no ano passado.
O Murganheira Esprit de la Maison de 2011 (Távora-Varosa), o novo espumante de topo da Murganheira (à venda apenas na loja da empresa), venceu a categoria espumantes, ao mesmo tempo que Orlando Lourenço, à frente desta casa desde 1987, foi distinguido com o prémio Senhor do Vinho, por ser, segundo a revista, o “incontestado mestre dos espumantes em Portugal”.
Ainda no Top 30, o painel de provadores da revista considerou o Taylor’s Vargella Vinha Velha, Porto Vintage 2017, como o melhor fortificado de 2019. Duplamente premiada, a Taylor’s, da The Fladgate Partenership, viu também o seu enólogo David Guimaraens distinguido como o Enólogo Vinhos Generosos.
Os prémios, anunciados na cerimónia que decorreu em Sangalhos, Anadia, na presença de cerca de 1000 pessoas, destacaram ainda a Quinta da Pacheca, no Douro, como o Melhor Enoturismo, referindo o investimento de perto de um milhão de euros que permitiu inaugurar os Wine Barrels, dez quartos instalados dentro de pipas gigantes e com vista para a vinha, e os projectos para a abertura, ainda este ano, de um novo hotel na propriedade, com spa e 29 quartos.
A Grandes Escolhas escolheu como o Produtor Revelação do ano Luís Gomes, que faz na Bairrada o vinho Giz (branco, dois tintos, rosé e espumante); a Quinta do Regueiro, em Melgaço, nos Vinhos Verdes, como Produtor do ano; e a Adega Cooperativa de Cantanhede como a melhor Cooperativa de 2019. A alentejana Casa Relvas ganhou o prémio de Empresa do ano, enquanto a Vasques de Carvalho, produtora de Vinho do Porto, foi a Empresa Vinhos Generosos.
Márcio Lopes, que “engarrafa já quase 20 referências distintas nos Vinhos Verdes [com a Pequenos Rebentos] e no Douro [Anel, Permitido e Proibido], às quais se junta uma incursão na galega Ribeira Sacra”, foi o escolhido para o prémio Singularidade por ser “dos poucos” que oferece o tal conjunto variado de referências onde “a criatividade, a identidade e o carácter estão sempre presentes”.
O Enólogo do ano é Pedro Baptista, o homem que faz o célebre Pêra-Manca para a Fundação Eugénio de Almeida; na área da Viticultura, Vanda Pedroso, do Centro de Estudos de Nelas, a “viticóloga-investigadora sem a qual o património genético do Dão não seria o mesmo”, foi a premiada. E na categoria Iniciativa, a escolha recaiu sobre o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo, que “apresentou resultados fantásticos desde o primeiro dia da sua existência”.
A revista premeia ainda lojas e restaurantes, porque saber vender bem vinhos é fundamental e porque a gastronomia está intimamente ligada a eles. Assim, a Garrafeira premiada foi a Néctar das Avenidas, em Lisboa; a Loja Gourmet do ano é a Corriqueijo, em Braga; o bar de vinhos é o Wines By Heart, na rua Rosa Araújo, em Lisboa, que alia uma excelente e original selecção de vinhos com a oferta gastronómica.
O Restaurante do ano foi o Epur de Vincent Farges (também em Lisboa), que conquistou em 2019 a sua primeira estrela Michelin; o Restaurante Cozinha Tradicional foi o Arcoense, em Braga; e o de Cozinha do Mundo foi o japonês Go Juu, em Lisboa. O prémio para o melhor Sommelier do ano foi para André Figuinha, escanção do Feitoria, no Hotel Altis Belém, em Lisboa; e, por fim, o Prémio David Lopes Ramos (uma homenagem ao crítico gastronómico do PÚBLICO, falecido em 2011) distinguiu Nuno Diniz, “cozinheiro, chefe respeitado, formador, investigador, gastrónomo, cronista, detentor de uma vasta cultura que ultrapassa em muito a sua área de actuação profissional”. Ao agradecer, Nuno Diniz anunciou para muito breve a abertura do seu restaurante.