Higino Carneiro quer o vice-presidente e o ministro do Interior como testemunhas
Um dos homens fortes do tempo de José Eduardo dos Santos é arguido num processo de má gestão como governador de Luanda. Bornito de Sousa e Eugénio Laborinho são algumas das figuras que o ex-ministro quer chamar em sua defesa.
O antigo ministro das Obras Públicas e um dos pesos-pesados do tempo de José Eduardo dos Santos quer ver em tribunal a depor em seu favor um rol de figuras importantes do actual Governo de João Lourenço. O general Higino Carneiro, arguido num processo por má gestão no tempo em que exerceu como governador da província de Luanda, vai chamar a tribunal em sua defesa o vice-presidente, Bornito de Sousa, e o ministro do Interior, Eugénio Laborinho.
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O antigo ministro das Obras Públicas e um dos pesos-pesados do tempo de José Eduardo dos Santos quer ver em tribunal a depor em seu favor um rol de figuras importantes do actual Governo de João Lourenço. O general Higino Carneiro, arguido num processo por má gestão no tempo em que exerceu como governador da província de Luanda, vai chamar a tribunal em sua defesa o vice-presidente, Bornito de Sousa, e o ministro do Interior, Eugénio Laborinho.
A lista de notáveis do regime anterior ainda activos na gestão actual que o deputado do MPLA pretende ver a testemunhar, diz o Novo Jornal, que teve acesso à lista de figuras arroladas, inclui ainda a governadora do Huambo, Joana Lina, e a governador do Bengo, Mara Baptista Quiosa.
Um nome que pode causar polémica é do juiz Manuel Pereira da Silva “Manico”, nestes dias alvo de críticas por parte da oposição por ter sido declarado vencedor do concurso para a vaga de presidente da Comissão Nacional Eleitoral. Manico Silva é visto com maus olhos, exactamente por causa dos problemas havidos durante a sua gestão da comissão provincial eleitoral de Luanda, na altura em que Higino Carneiro era governador.
O general Higino Carneiro foi constituído arguido em Fevereiro do ano passado e, em Agosto, a Inspecção Geral da Administração do Estado denunciou que havia 80 milhões de dólares em falta nas contas do Ministério das Obras Públicas, quando o general era o titular do cargo.
O ex-governador de Luanda goza de imunidade por ser deputado eleito e até há pouco tempo não tinha entrado nos serviços da Assembleia Nacional nenhum pedido de levantamento dessa imunidade, condição para que o general Higino Carneiro venha a responder em tribunal no processo.