Lynch faz da televisão uma arte visual extrema

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Foi pela vontade dos críticos e dos leitores da revista Cahiers do Cinéma, que elegeram a série Twin Peaks: The Return (2017) de David Lynch como o melhor filme dos anos 2010, que fiquei intrigado com os méritos por detrás de um capricho que poderia ter sido meu também. Semanas antes tinha terminado de ver outra série de autor, Too Old to Die Young (2019) de Nicolas Winding Refn, cuja linguagem visual e sonora está tão mais próxima do cinema quando encarado como Arte, quanto mais premente é o desejo de vermos aquelas imagens e aqueles sons projectados num ecrã de tamanho que não se coaduna com a fruição audiovisual doméstica. Se tive vontade de falar de um filme de 13 horas a propósito de Too Old to Die Young, maior empatia senti com a posição assumida pelos Cahiers.

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Foi pela vontade dos críticos e dos leitores da revista Cahiers do Cinéma, que elegeram a série Twin Peaks: The Return (2017) de David Lynch como o melhor filme dos anos 2010, que fiquei intrigado com os méritos por detrás de um capricho que poderia ter sido meu também. Semanas antes tinha terminado de ver outra série de autor, Too Old to Die Young (2019) de Nicolas Winding Refn, cuja linguagem visual e sonora está tão mais próxima do cinema quando encarado como Arte, quanto mais premente é o desejo de vermos aquelas imagens e aqueles sons projectados num ecrã de tamanho que não se coaduna com a fruição audiovisual doméstica. Se tive vontade de falar de um filme de 13 horas a propósito de Too Old to Die Young, maior empatia senti com a posição assumida pelos Cahiers.