Há seis bolsas de criação artística para pensar a sustentabilidade em Portugal
O programa Sustentar é uma iniciativa da plataforma Ci.CLO e desafia seis artistas visuais a oferecerem um olhar artístico sobre projectos nacionais que “estão a responder criativamente à sustentabilidade”. As candidaturas decorrem até 23 de Fevereiro.
A ideia passa por “destacar as boas práticas no âmbito da sustentabilidade” e estimular “uma cidadania mais activa na conservação dos recursos naturais e do património cultural”. O programa Sustentar está a oferecer seis bolsas de criação artística para ajudar a valorizar projectos “que estão a ser implementados em território nacional como resposta aos desafios ecológicos e sociais que enfrentamos”.
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A ideia passa por “destacar as boas práticas no âmbito da sustentabilidade” e estimular “uma cidadania mais activa na conservação dos recursos naturais e do património cultural”. O programa Sustentar está a oferecer seis bolsas de criação artística para ajudar a valorizar projectos “que estão a ser implementados em território nacional como resposta aos desafios ecológicos e sociais que enfrentamos”.
Esta iniciativa da Ci.CLO resulta de uma parceria que une a plataforma independente à Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) e às Câmaras Municipais de Évora, Figueira da Foz, Loulé, Mértola e Setúbal. Com o objectivo de criar “um espaço de experiências que friccionem arte, política, ecologia, sociedade e educação”, o programa vai integrar cada um dos participantes num dos diferentes projectos sociais que os parceiros estão a criar nos respectivos municípios. Os artistas visuais vão poder, por exemplo, documentar a construção de “uma cidade auto-sustentável e amiga do ambiente” em Évora ou, em Setúbal, registar “estratégias de intervenção capazes de potenciar a apropriação dos espaços públicos pelos moradores e a preservação das suas memórias”.
Virgílio Ferreira, director artístico da Ci.CLO, explica por telefone ao P3 que a estrutura abordou os municípios porque queria fazer “um mapeamento de organizações que estão a responder criativamente à sustentabilidade”. “Quisemos saber que resultados estão a ter e que dificuldades estão a encontrar”, frisa o responsável pelo programa Sustentar. O fotógrafo assinala que os participantes — que na candidatura precisam de explicar o tipo de trabalho que querem desenvolver — são convidados a partilhar “diferentes perspectivas e olhares” sobre as medidas que o país está a tomar para proteger o ambiente.
Para além de Virgílio Ferreira, os artistas vão contar com o acompanhamento do curador espanhol Pablo Berástegui e de Krzysztof Candrowicz, ex-director artístico da Trienal de Fotografia de Hamburgo. Entre workshops, descritos como espaços de “debate e reflexão” para “maturação dos projectos”, os bolseiros podem participar em duas residências de criação, cada uma com a duração de 12 dias.
Numa tentativa de estimular “diálogos construtivos entre o artístico e o cívico” e promover a sensibilização da comunidade local sobre o conhecimento ecológico, os trabalhos desenvolvidos no âmbito deste programa vão ser integrados, a partir de Novembro de 2020, numa exposição itinerante, com passagem pelos seis municípios parceiros. Os projectos também vão ser expostos na Bienal de Fotografia do Porto, que arranca em Maio de 2021.
Cada participante pode candidatar-se a um máximo de três dos territórios contemplados no Sustentar. Os escolhidos recebem uma bolsa de 800 euros — com um apoio adicional de 100 euros para cobrir os custos em deslocações. As bolsas são direccionadas a artistas nacionais ou estrangeiros residentes em Portugal. O prazo de envio das candidaturas termina a 23 de Fevereiro. O regulamento completo pode ser consultado aqui.