Guaidó agredido à chegada a Caracas
Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela tinha acabado de aterrar em Caracas, a bordo de um voo da TAP.
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, foi agredido esta terça-feira à chegada a Caracas. O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e a sua mulher, Fabiana Rosales, foram atacados a murro e a golpes de objectos contundentes, segundo noticia a agência noticiosa espanhola EFE.
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O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, foi agredido esta terça-feira à chegada a Caracas. O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e a sua mulher, Fabiana Rosales, foram atacados a murro e a golpes de objectos contundentes, segundo noticia a agência noticiosa espanhola EFE.
Guaidó tinha acabado de chegar ao aeroporto internacional Simón Bolívar, perto das 17h (hora local), a bordo de um voo da TAP proveniente de Lisboa. O líder da oposição ao regime de Nicolás Maduro regressava de uma viagem à Europa, Canadá e aos Estados Unidos, onde procurou voltar a reunir apoios contra o Governo de Caracas.
“Venezuela: já estamos em Caracas. Trago o compromisso do mundo livre, disposto a ajudar-nos a recuperar a Democracia e a Liberdade. Começa um novo momento que não admitirá retrocessos e que exige que todos façamos o que nos toca fazer. Chegou o momento”, escreveu Guaidó no Twitter, depois de aterrar em Caracas.
As agressões ocorreram já à saída do terminal de chegadas do aeroporto, onde centenas de apoiantes do regime de Maduro tinham montado cerco a Guaidó. Minutos antes, ao passar por um controlo de segurança, o presidente da Assembleia Nacional viu agentes da autoridade confiscarem-lhe os documentos de identificação.
Segundo o El País, o facto de Guaidó ter ignorado as restrições que o impediam de sair do país e de, além disso, não ter escondido o seu regresso à Venezuela, foi encarado como uma provocação flagrante a Maduro. Guaidó tinha sido proibido de sair da Venezuela, depois de se ter autoproclamado Presidente interino, a 23 de Janeiro de 2019 – e esta é a segunda vez que viola a proibição.
Já esta terça-feira, os deputados da oposição revelaram nas redes sociais que a polícia travou a entrada no aeroporto aos veículos da comitiva que ia receber Guaidó, pelo que a mesma foi obrigada a dirigir-se ao terminal aéreo a pé. Horas antes da chegada do presidente da Assembleia Nacional, Maduro terá mobilizado para o aeroporto internacional Simón Bolívar membros da polícia e da Guarda Nacional Bolivariana. Além disso, de acordo com o El País, a própria administração do aeroporto espalhou bandeiras venezuelanas nas imediações, num gesto simbólico de apoio a Maduro.
Durante os confrontos, a deputada da oposição Deyalitza Aray terá sido ainda detida pela polícia. Teme-se agora que o episódio venha reacender o rastilho da violência no país.
Em Janeiro deste ano, quase um ano depois de se ter proclamado Presidente interino, Juan Guaidó renovou o juramento como presidente da Assembleia Nacional, numa sessão rápida e realizada apenas depois de o líder da oposição se ter visto novamente impedido de entrar no edifício pela Guarda Nacional Bolivariana. À data, Guaidó estava acompanhado de cerca de uma centena de deputados que o apoiam, quando foi confrontado pela polícia. Só passado algum tempo é que o líder oposicionista conseguiu entrar no edifício da Assembleia para prestar o juramento.