Mudanças de trânsito na Baixa de Lisboa discutidas a 13 e 21 de Fevereiro
Autarquia marcou três reuniões nas três freguesias abrangidas pelo plano apresentado há duas semanas.
O plano da Câmara de Lisboa para tirar 40 mil carros da Baixa vai estar em discussão nas próximas duas quintas-feiras, 13 e 21 de Fevereiro, nas três freguesias abrangidas pela nova Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado (ZER ABC).
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O plano da Câmara de Lisboa para tirar 40 mil carros da Baixa vai estar em discussão nas próximas duas quintas-feiras, 13 e 21 de Fevereiro, nas três freguesias abrangidas pela nova Zona de Emissões Reduzidas Avenida Baixa Chiado (ZER ABC).
A primeira reunião com moradores e comerciantes decorre na freguesia da Misericórdia, dia 13 às 18h, no Espaço Santa Catarina, seguindo-se um encontro na freguesia de Santa Maria Maior, no mesmo dia às 21h, no Palácio da Independência. A reunião relativa à freguesia de Santo António está marcada para a próxima semana, dia 21, às 18h, na sede da UACS – União de Associações de Comércio e Serviços.
Com a criação da nova ZER, a câmara quer restringir a circulação automóvel na Baixa, no Chiado e em parte da Avenida da Liberdade com o objectivo de melhorar a qualidade do ar e aumentar os espaços pedonais. A intenção da autarquia liderada por Fernando Medina é que o plano esteja em vigor a partir de Junho, mas até lá é preciso elaborar um regulamento específico, submetê-lo a votação na câmara e na assembleia municipal e ainda abrir um período de discussão pública.
A nova ZER, que começará por tirar da Baixa os carros anteriores a 2000 e, mais tarde, os anteriores a 2005, envolve a emissão de dísticos específicos e a criação de um sistema de fiscalização electrónica, cujos contornos ainda não estão totalmente explicados. Ainda também se desconhece o valor das coimas a aplicar em caso de incumprimento.
Por outro lado, persistem dúvidas entre os residentes das zonas limítrofes – Alfama, Sé, Bairro Alto e Bica – sobre como se fará (ou não) o tráfego de atravessamento e em que situação ficam as ruas não abrangidas pelas restrições, como a do Alecrim e da Madalena ou a Ribeira das Naus, para onde se antevê um aumento significativo do tráfego.
Politicamente, o plano de Medina tem sido recebido com cautela. O CDS e o PCP dizem que o acham interessante, mas querem esclarecer dúvidas antes de tomar uma posição final. Igual opinião manifestou na semana passada o Automóvel Club de Portugal. O BE lamenta que o projecto seja pouco ambicioso e não abranja mais zonas da cidade. O PSD, por seu turno, manifestou-se frontalmente contra pela voz de um dos seus dois vereadores (João Pedro Costa). Teresa Leal Coelho, a outra vereadora social-democrata com quem a concelhia do partido se zangou, ainda não tomou posição.