A Évora do Renascimento em que Francisco de Holanda viveu é “uma idade de ouro perdida”
Exposição no Museu Frei Manuel do Cenáculo reúne livros, manuscritos, e pinturas que fazem parte do universo deste artista do século XVI. Através dela ficamos a saber que obras leu, quem foram os seus mestres e por que razão podemos dizer que chegou a Évora na altura certa.
Ouve-se Sylvie Deswarte-Rosa falar sobre Francisco de Holanda e não há como não sentir que também a história de arte pode ser injusta. Por que razão não figura o seu nome entre os dos grandes teóricos da arte do Renascimento se é autor de tratados pioneiros de reconhecida qualidade? Porque nasceu em Portugal e não em Itália? Porque optou por escrever algumas das suas obras em português? Porque a maneira como olhava para o pintor e para a pintura não agradava à Inquisição e isso o obrigou a ser mais discreto do que outros?
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Ouve-se Sylvie Deswarte-Rosa falar sobre Francisco de Holanda e não há como não sentir que também a história de arte pode ser injusta. Por que razão não figura o seu nome entre os dos grandes teóricos da arte do Renascimento se é autor de tratados pioneiros de reconhecida qualidade? Porque nasceu em Portugal e não em Itália? Porque optou por escrever algumas das suas obras em português? Porque a maneira como olhava para o pintor e para a pintura não agradava à Inquisição e isso o obrigou a ser mais discreto do que outros?