A sonda Solar Orbiter já seguiu rumo ao Sol
Correu tudo bem e a sonda da ESA e da NASA já começou a sua viagem para “fotografar” os pólos do Sol.
A sonda Solar Orbiter já partiu em rumo ao Sol para poder contemplar, pela primeira vez, as regiões polares da nossa estrela ou perceber melhor como a energia radiante do Sol afecta a Terra. A sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA descolou da base do Cabo Canaveral, nos EUA, esta segunda-feira às 04h03 (hora de Lisboa) e terá pela frente uma missão de cerca de dez anos. A estação de rastreio de New Norcia, na Austrália, recebeu sinais da sonda às 05h00 (hora de Lisboa), logo a seguir à separação do foguetão quando a sonda estava na baixa órbita terrestre.
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A sonda Solar Orbiter já partiu em rumo ao Sol para poder contemplar, pela primeira vez, as regiões polares da nossa estrela ou perceber melhor como a energia radiante do Sol afecta a Terra. A sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA descolou da base do Cabo Canaveral, nos EUA, esta segunda-feira às 04h03 (hora de Lisboa) e terá pela frente uma missão de cerca de dez anos. A estação de rastreio de New Norcia, na Austrália, recebeu sinais da sonda às 05h00 (hora de Lisboa), logo a seguir à separação do foguetão quando a sonda estava na baixa órbita terrestre.
“Foi algo perfeito e, de repente, senti realmente que estamos ligados ao resto do sistema solar”, afirmou depois do lançamento Daniel Mueller, cientista da ESA que trabalha na missão. Para se aproximar do Sol, a sonda usará a gravidade de Vénus. Depois, na sua maior aproximação, estará a 42 milhões de quilómetros do Sol.
“Investigo física solar há muitos anos. Nunca tinha pensado que poderia mesmo testemunhar algo como isto e até mesmo o lançamento. É espectacular”, diz Holly Gilbert, da NASA.
A Solar Orbiter analisará as regiões polares do Sol, o que ajudará os cientistas a entender as origens do vento solar, um conjunto de partículas electricamente carregadas altamente concentradas nos dois pólos que atravessam o nosso sistema solar, afectando satélites e a electrónica na Terra. Também se espera que esta missão nos dê novos conhecimentos sobre como se pode proteger os astronautas da radiação no espaço, o que danifica o seu ADN.
A sonda levou a bordo dez instrumentos científicos e um escudo térmico de 147 quilos. Três dos instrumentos científicos serão “janelas minúsculas” que observarão as mudanças da superfície do Sol ao longo do tempo. As empresas portuguesas Active Space Technologies, Critical Software e Deimos Engenharia participaram no desenvolvimento da sonda, respectivamente no escudo térmico, nos sistemas de software e na estratégia de teste dos sistemas de voo.