Rui Rio não arriscou e manteve essencial da equipa de direcção

Rui Rio convidou Fernando Negrão para encabeçar a lista oficial ao conselho de jurisdição nacional.

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Elina Fraga com Rui Rio Miguel Manso

No segundo mandato na liderança do PSD, Rui Rio escolheu figuras próximas ou que já conhecia para as vice-presidências da sua comissão política, mantendo no essencial a equipa. Entre as novidades estão a promoção de André Coelho Lima e Isaura Morais ao lugar de vice-presidentes da comissão política nacional. Elina Fraga, que foi uma das surpresas do último congresso, deixa a direcção. Ao todo, o núcleo duro de Rui Rio tem 13 homens, contando com o líder, e cinco mulheres. E há seis estreias absolutas entre os vices e os vogais. 

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No segundo mandato na liderança do PSD, Rui Rio escolheu figuras próximas ou que já conhecia para as vice-presidências da sua comissão política, mantendo no essencial a equipa. Entre as novidades estão a promoção de André Coelho Lima e Isaura Morais ao lugar de vice-presidentes da comissão política nacional. Elina Fraga, que foi uma das surpresas do último congresso, deixa a direcção. Ao todo, o núcleo duro de Rui Rio tem 13 homens, contando com o líder, e cinco mulheres. E há seis estreias absolutas entre os vices e os vogais. 

Antes de anunciar os nomes, Rio citou o antigo chanceler alemão Helmut Kohl: “Cada vez que nomeava alguém conseguia um amigo e dez inimigos. Eu acho que vou fazer um bocadinho melhor”, disse.

Da vice-presidência da comissão política nacional (CPN) sai Elina Fraga, ex-bastonária da Ordem dos Advogados, cujo anúncio como membro da direcção foi seguido de grande polémica, em 2018, e para o seu lugar entra a estreante Isaura Morais, ex-presidente da Câmara de Rio Maior e que foi a escolha de Rui Rio para encabeçar a lista de deputados por Santarém. André Coelho Lima, que era vogal da anterior CPN, é promovido a vice-presidente. 

Mantêm-se como vices de Rui Rio David Justino, Isabel Meireles, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro - as vice-presidências passam de seis para sete.

O secretário-geral do PSD, José Silvano (que vai manter-se no cargo), explicou as escolhas da direcção para os órgãos nacionais, afirmando que são “listas de continuidade com alguma renovação” como tinha dito o presidente. “Acho que não enganou ninguém”, declarou.

Entre os vogais da CPN, as estreias são: Joaquim Sarmento (o porta-voz para a área das Finanças), Luís Maurício (PSD-Açores), Paula Cardoso (ex-deputada), Ricardo Morgado (PSD-Viseu) e Paula Calado (entrou na lista do PSD às europeias). Deste órgão, saem Maria da Graça Carvalho, Ofélia Ramos, João Cunha e Silva e Cláudia André. António Carvalho Martins, António Topa, Fátima Ramos, Manuel Teixeira e Maló de Abreu não mudam de cargo (continuam vogais da CPN).

Paulo Rangel foi este ano proposto para número um da lista de Rio ao conselho nacional (Arlindo Cunha é o número dois, seguindo-se António Proa, Paulo Ramalho e Vítor Martins). Foi uma forma de compensar o eurodeputado pelo que se esperava que tivesse acontecido em 2018, quando Rio acabou por entregar o primeiro lugar da lista deste que é o mais importante órgão partidário entre congressos a um apoiante do seu opositor - Pedro Santana Lopes.

José Silvano justificou a entrada de Paulo Rangel para encabeçar a lista ao conselho nacional e também a saída de Elina Fraga da comissão política nacional. “O dr. Paulo Rangel é um quadro que o presidente do partido aprecia e tem notoriedade suficiente para encabeçar o conselho nacional”, declarou. Quanto a Elina Fraga, disse que “mostrou disponibilidade para sair e, com isso, também mostrou toda a disponibilidade para continuar a ajudar o PSD. Com o seu percurso profissional não esteve disponível para continuar”.

Outras listas 

Fernando Negrão, ex-líder da bancada parlamentar, é a proposta do líder para o Conselho de Jurisdição Nacional. 

Na mesa do congresso, o líder reconduziu Paulo Mota Pinto, que terá, na sua equipa de vice-presidentes, José Manuel Bolieiro e Isabel Cruz, em substituição de Almeida Henriques (que foi apoiante de Pedro Santana Lopes em 2018 e de Luís Montenegro em Janeiro) e Lina Lopes (que agora é deputada).

Sobre a saída de José Manuel Bolieiro da vice-presidência da CPN e a sua transferência para a mesa do congresso, o secretário-geral, explicou que se prende com a realização de eleições regionais nos Açores. “Sendo presidente da comissão política regional dos Açores tem inerência na própria comissão política nacional, deixando, assim, o lugar para Luís Maurício, presidente do grupo parlamentar dos Açores”, afirmou Silvano. “Em ano de eleições o partido faz uma redobrada aposta na visibilidade nacional dos Açores” e ao mesmo tempo “fica demonstrada a aposta [do PSD] nas próximas regionais.”

Os nomes propostos por Rui Rio para a Comissão Nacional de Auditoria Financeira são Fernando Sebastião, Rui Morais e Ester Amorim.

Pela hora do jantar foram entregues as restantes listas alternativas aos órgãos do partido. Como já se sabia, presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, encabeça a lista ao CN que é constituída por apoiantes de Luís Montenegro, entre os quais está Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança, e Rodrigo Gonçalves, que trocou o apoio a Rio por Montenegro nestas directas. O deputado Carlos Reis também vai levar a votos uma lista e Joaquim Biancard Cruz e Duarte Marques dinamizaram outra. 

Tiago Sá Carneiro, que foi director-adjunto da campanha das directas de Miguel Pinto Luz, também lidera uma lista ao conselho nacional com apoiantes das três candidaturas às eleições internas de Janeiro. Luís Rodrigues (ex-deputado), André Neves (ex-líder da JSD de Aveiro, que disputou as eleições para a liderança da Juventude Social Democrata com Margarida Balseiro Lopes) e Alexandre Barros Cunha (conselheiro nacional) são outros cabeças de lista.