A irlandesa Edna O’Brien (n. 1930) — uma das grandes escritoras em língua inglesa, como notou há uns anos Philip Roth — estreou-se na literatura com o polémico romance The Country Girls; numa Irlanda então repressiva e bastante conservadora, Edna O’Brien ousou quebrar o silêncio sobre assuntos como os abusos sexuais e a repressão social exercida sobre as mulheres — o livro foi banido, queimado pelo padre no cemitério da sua aldeia, e denunciado pela Igreja nos púlpitos. Os romances e os contos desta irlandesa que se estreou com uma escrita ousada para o tempo (por revelar o lado obscuro de uma sociedade) e que é ainda “poderosamente erótica” passaram a dar voz às mulheres que não falavam das suas vidas nem para si próprias — aos seus sentimentos mais íntimos, aos desejos, à esperança, e aos seus problemas nas relações com os homens.
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A irlandesa Edna O’Brien (n. 1930) — uma das grandes escritoras em língua inglesa, como notou há uns anos Philip Roth — estreou-se na literatura com o polémico romance The Country Girls; numa Irlanda então repressiva e bastante conservadora, Edna O’Brien ousou quebrar o silêncio sobre assuntos como os abusos sexuais e a repressão social exercida sobre as mulheres — o livro foi banido, queimado pelo padre no cemitério da sua aldeia, e denunciado pela Igreja nos púlpitos. Os romances e os contos desta irlandesa que se estreou com uma escrita ousada para o tempo (por revelar o lado obscuro de uma sociedade) e que é ainda “poderosamente erótica” passaram a dar voz às mulheres que não falavam das suas vidas nem para si próprias — aos seus sentimentos mais íntimos, aos desejos, à esperança, e aos seus problemas nas relações com os homens.