É quase sempre assim, em Portugal: os debates sobre grandes questões políticas, sociais e culturais chegam com grande atraso e instalam-se no espaço público como se fosse uma novidade específica do nosso meio, ignorando os termos e os modos de uma discussão que tem uma história muito mais longa, atravessou fronteiras e mobilizou gente que não se limita a pensar tais matérias em reacção a acontecimentos pontuais e em resposta aos adversários do momento. É o que acontece neste momento com as discussões sobre o racismo e a chamada “descolonização dos museus”.
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É quase sempre assim, em Portugal: os debates sobre grandes questões políticas, sociais e culturais chegam com grande atraso e instalam-se no espaço público como se fosse uma novidade específica do nosso meio, ignorando os termos e os modos de uma discussão que tem uma história muito mais longa, atravessou fronteiras e mobilizou gente que não se limita a pensar tais matérias em reacção a acontecimentos pontuais e em resposta aos adversários do momento. É o que acontece neste momento com as discussões sobre o racismo e a chamada “descolonização dos museus”.