Pessoas com passaporte português retidas em cruzeiro “não estão em risco especial”

Cerca de 3600 pessoas foram mantidas no navio no Porto de Hong Kong depois de três passageiros, que haviam ali viajado anteriormente, terem sido confirmados como portadores do coronavírus.

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Desconhece-se se os sete passageiros são residentes de Macau Reuters/TYRONE SIU

A directora-geral da Saúde afirmou esta quinta-feira que as sete pessoas com passaporte português retidas num cruzeiro com mais de 3000 passageiros e tripulantes, em Hong Kong, devido ao novo coronavírus (2019-nCoV), “não estão em risco especial”.

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A directora-geral da Saúde afirmou esta quinta-feira que as sete pessoas com passaporte português retidas num cruzeiro com mais de 3000 passageiros e tripulantes, em Hong Kong, devido ao novo coronavírus (2019-nCoV), “não estão em risco especial”.

Graça Freitas, que falava numa conferência de imprensa, em Lisboa, onde foi feito novo balanço nacional sobre a infecção pelo 2019-nCoV, disse que as pessoas em causa “não estão em risco especial ou que tenham desenvolvido sintomas”.

O Governo de Macau desconhece se os sete portadores de passaporte português são residentes na região autónoma chinesa.

Segundo as autoridades de saúde macaenses, Hong Kong (região administrativa especial chinesa) iria comunicar com as autoridades de Macau se fossem residentes macaenses. Caso contrário, seriam contactados os serviços consulares portugueses.

Mais de 3000 pessoas, entre tripulantes e passageiros, foram mantidas no navio de cruzeiro no porto de Hong Kong para serem submetidas a exames médicos, depois da confirmação de que três passageiros chineses, que haviam viajado anteriormente na embarcação, eram portadores do novo coronavírus.

Na manhã de quarta-feira, uma equipa das autoridades de saúde de Hong Kong embarcou no World Dream para realizar inspecções médicas a 1800 passageiros e 1800 tripulantes após o navio atracar no terminal Kai Tak, em Kowloon, ao qual chegou depois de ter sido recusado pelas autoridades de Taiwan.

A China elevou esta quinta-feira para 563 mortos e mais de 28 mil infectados o balanço do surto do coronavírus (2019-nCoV), identificado em Dezembro na cidade de Wuhan, colocada sob quarentena. Além do território continental da China e das regiões de Macau e Hong Kong, há casos de infecção confirmados em mais de 20 países.

A Organização Mundial de Saúde declarou, há uma semana, o surto do novo coronavírus uma emergência de saúde pública internacional devido ao risco elevado de propagação à escala global. A emergência internacional pressupõe a adopção de medidas de prevenção e coordenação em termos mundiais.