PSD questiona Comissão Europeia sobre limitação do futuro Aeroporto do Montijo

Comprimento da pista projectada para o Montijo impede a sua utilização pelos aviões que compõem a frota de low-cost como a Ryanair.

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daniel rocha

A eurodeputada do PSD Cláudia Monteiro de Aguiar questionou a Comissão Europeia sobre a limitação do comprimento da pista do futuro aeroporto do Montijo, que está referida num parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a entidade que certifica os aeroportos em Portugal. 

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A eurodeputada do PSD Cláudia Monteiro de Aguiar questionou a Comissão Europeia sobre a limitação do comprimento da pista do futuro aeroporto do Montijo, que está referida num parecer da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a entidade que certifica os aeroportos em Portugal. 

O comprimento da futura pista no Montijo será de apenas 2400 metros, o que irá criar limitações operacionais ao aeroporto quando se trata de uma aeronave B737-800 ou maior, significando menos passageiros e menor capacidade de carga. Para a operação plena destas aeronaves, que são modelos muito utilizados por companhias low-cost,  o comprimento mínimo dos requisitos de operação são 2500 metros de pista. A frota da Ryanair é totalmente composta por estas aeronaves, e as frotas da Luxair e da AirEurope também possuem este modelo de aeronaves.

A notícia foi avançada pela TSF, que cita um estudo na ANAC, e foi o pretexto para a eurodeputada, da Comissão dos Transportes e Turismo, se questionar se o aeroporto não fica condicionado mesmo antes de as obras começarem. “Esta decisão coloca limitações antes mesmo da conclusão do novo aeroporto. Um projecto desta dimensão e com os custos financeiros que comporta, apresentar à partida condicionamentos à descolagem de alguns aviões de grande porte, não é uma decisão séria”, afirma a eurodeputada num comunicado enviado às redacções. 

Cláudia Monteiro de Aguiar questionou a Comissão Europeia se tinha conhecimento deste parecer da ANAC.  “Caso a resposta seja afirmativa, considera que a decisão do Governo português foi a mais fundamentada tendo em conta esta limitação referida no parecer da autoridade nacional que certifica os aeroportos em Portugal?”, interroga a eurodeputada.