Zona oriental de Lisboa tem um novo parque ribeirinho a partir de sexta-feira

A construção do parque divide-se em duas fases e, no final, terá mais de oito hectares. Espaço verde unirá Doca do Poço do Bispo à marina do Parque das Nações.

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O primeiro concurso público para a concepção do parque foi lançado em 2015, mas acabou por ser anulado. Seguiu-se novo concurso e previa-se inicialmente que o jardim pudesse abrir algures em 2016, mas o então vereador do urbanismo Manuel Salgado estimou, no ano passado, que isso ocorresse na Primavera de 2018. Agora, dois anos depois e integrado no contexto da Lisboa Capital Verde 2020, o Parque Ribeirinho Oriente vai finalmente ser inaugurado na próxima sexta-feira, dia 7 de Fevereiro, às 11h.

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O primeiro concurso público para a concepção do parque foi lançado em 2015, mas acabou por ser anulado. Seguiu-se novo concurso e previa-se inicialmente que o jardim pudesse abrir algures em 2016, mas o então vereador do urbanismo Manuel Salgado estimou, no ano passado, que isso ocorresse na Primavera de 2018. Agora, dois anos depois e integrado no contexto da Lisboa Capital Verde 2020, o Parque Ribeirinho Oriente vai finalmente ser inaugurado na próxima sexta-feira, dia 7 de Fevereiro, às 11h.

Acompanhando o Tejo, o parque parte dos armazéns da Doca do Poço do Bispo e estende-se para norte, ocupando perto de quatro hectares. Nos próximos anos, prevê-se o seu prolongamento até ao molhe da marina do Parque das Nações. No final, o extenso parque linear terá mais de oito hectares.

O projecto das arquitectas paisagistas Filipa Cardoso de Menezes e Catarina Assis Pacheco, do ateliê f/c, procura “regenerar um território notável da cidade e torná-lo mais acessível aos seus habitantes”. Em termos de mobilidade, o parque foi desenhado de maneira a “ser trilhado em todas as direcções e a incentivar a prática de actividades motoras”. Além disso, aproxima o centro da cidade e o Parque das Nações, contribuindo para “a revitalização de toda esta área oriental da cidade”.

Apto para os diversos tipos de público, nesse contexto surge o núcleo de recreio infantil do parque. “Uma estrutura de trepar com múltiplos prumos de madeira e rede de cabos de aço”, propositadamente evocativa dos “mastros dos barcos e das redes de pesca”, ligados à memória do lugar.

O parque Ribeirinho Oriente vai ter ainda um espaço para aluguer de bicicletas, instalações sanitárias públicas, um módulo de biblioteca e duas cafetarias, todos resultantes da conversão de contentores marítimos. Ao longo do percurso com grandes áreas relvadas serão visíveis gravações e impressões de “sombras de bandos de aves como a garça-real, a cegonha e o pato-real no pavimento”, remetendo para avifauna local.

Se a fase I inclui um núcleo de “recreio activo e amplas zonas de estadia e contemplação”, na fase II prevê-se a integração de “uma extensa área desportiva informal, um núcleo de armazéns revitalizados e uma última área centrada num anfiteatro natural, que se fundirá a montante com o futuro Parque Interior da Matinha”.

Numa área com carência de espaços verdes e numa frente banhada pelo Tejo, o Parque Ribeirinho Oriente destaca-se ainda “pelo seu papel na promoção e preservação da biodiversidade na cidade”. Assim, procurou-se recuperar os habitats potenciais das margens do rio. De entre os vários tipos de vegetação existente ao longo do parque, será possível encontrar árvores como o pinheiro manso, o freixo, a oliveira ou o sobreiro.

A construção do parque divide-se em duas fases, cada uma com uma dimensão aproximada de 4 hectares. A fase I, que agora inaugura, compreende a área sul, em frente ao Loteamento dos Jardins de Braço de Prata e ao edifício Tabaqueira. No futuro, a segunda fase estender-se-á para norte, em toda a frente do Loteamento da Matinha.

Texto editado por Ana Fernandes