É altamente provável que Corpus Christi nunca chegasse às salas portuguesas se não estivesse nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não é novidade, está sempre a acontecer, mas não deixa por isso de ser irritante que continuemos a olhar para o cinema europeu com “etiquetas” ou “preconceitos” que fazem mais mal do que bem: faz-se muito mais e muito melhor cinema por esse mundo fora do que muito do que chega às nossas salas, que vem filtrado pelo ângulo dos prémios, dos festivais ou do puro mercantilismo. O caso da terceira longa do polaco Jan Komasa é significativo: a Polónia deu-nos cineastas francamente talentosos cujas carreiras foram sendo acompanhadas regularmente, de Andrzej Wajda a Krzysztof Kieslowski (para não falar de Polanski), mas agora é preciso a bênção de uma nomeação para o Óscar para alguém sequer ligar.
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É altamente provável que Corpus Christi nunca chegasse às salas portuguesas se não estivesse nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Não é novidade, está sempre a acontecer, mas não deixa por isso de ser irritante que continuemos a olhar para o cinema europeu com “etiquetas” ou “preconceitos” que fazem mais mal do que bem: faz-se muito mais e muito melhor cinema por esse mundo fora do que muito do que chega às nossas salas, que vem filtrado pelo ângulo dos prémios, dos festivais ou do puro mercantilismo. O caso da terceira longa do polaco Jan Komasa é significativo: a Polónia deu-nos cineastas francamente talentosos cujas carreiras foram sendo acompanhadas regularmente, de Andrzej Wajda a Krzysztof Kieslowski (para não falar de Polanski), mas agora é preciso a bênção de uma nomeação para o Óscar para alguém sequer ligar.