Salários em Portugal são, em média, mais baixos do que há dez anos
Os pacotes salariais no ano passado foram 4% mais baixos em Portugal e Espanha, em comparação com 2010, segundo a Confederação Europeia de Sindicatos.
A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) advertiu esta terça-feira que os pacotes salariais dos trabalhadores de seis Estados-membros, entre os quais Portugal, são em média mais baixos do que há dez anos, pelo que para eles “a crise não acabou”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Confederação Europeia de Sindicatos (CES) advertiu esta terça-feira que os pacotes salariais dos trabalhadores de seis Estados-membros, entre os quais Portugal, são em média mais baixos do que há dez anos, pelo que para eles “a crise não acabou”.
De acordo com os dados compilados pela CES, entre 2010 e 2019, os pacotes salariais ajustados à inflação (e incluindo contribuições para a Segurança Social e pagamentos de subsídios) desceram em média em seis Estados-membros. Em três outros países os salários permaneceram basicamente congelados na última década.
Segundo a CES, em comparação com 2010, os pacotes salariais em 2019 eram 15% mais baixos na Grécia, 7% no Chipre, 5% na Croácia, 4% em Portugal e Espanha e 2% em Itália.
“Os trabalhadores em seis países da União Europeia [UE] estão em piores condições do que há dez anos. Os líderes da UE gostam de falar na alegada retoma, mas a crise não acabou para milhões de trabalhadores em muitos Estados-membros”, comentou a secretária-geral adjunta da CES, Esther Lunch, que exorta assim a UE a “fazer muito mais para promover o aumento nos salários e nos salários mínimos” praticados na União.