Nos Primavera Sound já tem cartaz: Lana Del Rey, Beck, FKA Twigs e Tyler, the Creator no Porto
Bad Bunny, King Krule, Kim Gordon, Weyes Blood, Pavement, Black Midi, Chromatics ou Dinosaur Jr são algumas das dezenas de nomes que vão estar no festival Nos Primavera Sound do Porto, de 11 a 13 de Junho.
Ao contrário da generalidade dos festivais de música que têm como estratégia ir divulgando os seus cartazes aos poucos, no caso do Nos Primavera Sound do Porto a coisa acontece de uma só vez. E foi esta terça-feira que se ficou a saber que Lana Del Rey, Beck, FKA Twigs ou Tyler, The Creator são algumas das dezenas de nomes que irão constar do cartaz, durante três dias, de 11 a 13 de Junho.
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Ao contrário da generalidade dos festivais de música que têm como estratégia ir divulgando os seus cartazes aos poucos, no caso do Nos Primavera Sound do Porto a coisa acontece de uma só vez. E foi esta terça-feira que se ficou a saber que Lana Del Rey, Beck, FKA Twigs ou Tyler, The Creator são algumas das dezenas de nomes que irão constar do cartaz, durante três dias, de 11 a 13 de Junho.
Como já acontecia em anos anteriores é um cartaz extenso e ecléctico, com predominância de figuras e grupos oriundos da cultura rock, do campo do hip-hop e R&B ou das electrónicas. De regresso a Portugal – arrancou o ano passado uma excelente actuação no festival Super Bock Super Rock – está a americana Lana Del Rey, depois de ter sido aclamada nas listas de melhores álbuns do ano pela maioria das mais influentes publicações do mundo, graças ao álbum Norman Fucking Rockwell.
Se no início do seu percurso ainda subsistiam dúvidas sobre a sua validade artística, elas parecem agora ter-se esbatido por completo, cotando-se como uma das figuras maiores da canção pop, com um universo enigmático que tem tanto de luxuoso como de decadente. O ano passado, no Meco, apresentou-se por entre um aparato cénico exótico que incluía palmeiras, espreguiçadeiras e baloiços, com a sua voz aveludada a transportar com romantismo a multidão. Dir-se-ia que no cenário do Parque da cidade do Porto, tem todas as condições para vingar.
Se Lana constou dos lugares cimeiros de muitas listas de melhores do ano, o mesmo aconteceu com FKA Twigs e Tyler, The Creator. A inglesa que se estreou em 2014 com um magnífico álbum, regressou o ano passado com Magdalene, depois de uma série de experiencias da vida privada que deixaram trauma. Do ponto de vista sonoro é mais um disco de experiências pop, com uma sonoridade atmosférica que tem tanto de vulnerabilidade como de vigor, em ritmos em câmara-lenta e uma hipersensibilidade digital. Em 2015 a inglesa actuou no festival do Porto, dividindo na altura as opiniões. Altura de confirmar os seus créditos.
Quem também já actuou ali, em 2018, foi o americano Tyler, The Creator, nome maior do hip-hop nos dias de hoje, conseguindo uma unanimidade com o álbum do ano passado, Igor, que ainda não tinha almejado, apesar de desde o início do seu percurso ter dado nas vistas. Com ele em cena, esperam-se momentos de provocação ou diversão, sendo capaz de transformar o palco numa casa que partilha com os amigos. No campo das músicas urbanas destaque ainda para Bad Bunny, muito celebrado nos últimos tempos, ou para Earl Sweatshirt, Little Simz, Sampa The Great, Jamila Woods, Paloma Mami ou Yung Beef.
Entre as figuras mais veteranas saliência para Beck, que regressou aos discos o ano passado e que há muito não actua em solo português, ou para a ex-Sonic Youth, Kim Gordon, com aquele que foi o seu primeiro álbum a solo. Os americanos Dinousaur Jr, os Pavement os Jawboc, ou os sempre presentes Shellac são outros nomes do rock mais alternativo a acrescentar a este grupo.
Para sonoridades mais recentes com guitarras presentes haverá de contar com os DIIIV, Black Midi, Richard Dawnson, os Rolling Blackouts Coastal Fever ou Jehnny Beth, a cantora das Savages numa incarnação a solo. Para sonoridades pop mais contemplativas atenções viradas para os Chromatics, para os Cigarettes After Sex ou, noutra perspectiva, para a sensibilidade de Weyes Blood. Os excelentes Khruangbin, ou Koffee, Georgia, Caroline Polachek, Rina Sawayama, Mura Masa, Pablo Vittar, Maggie Rogers ou Penelope Isles tratarão de desafiar categorizações.
Para sonoridades assumidamente dançantes lá estarão Avalon Emerson, Octo Octa x Eris Drew, Park Hye Jin ou o português DJ Firmeza. Também em português far-se-ão ouvir os Montanhas Azuis, Throes + Shine, Holy Nothing, Chico da Tina, David Bruno ou o brasileiro Arnaldo Antunes.
Os The Strokes, Fountaines D.C. e Caribou, confirmados para o NOS Alive, os The National para o Rock in Rio, Iggy Pop para o EDP Vilar de Mouros, ou os Massive Attack e compositor Bill Callahan, que actuará em Lisboa, Porto e Coimbra, são alguns dos nomes que constam do cartaz do Primavera de Barcelona e que, naturalmente, não estarão no Porto. Os passes para os três dias têm um valor de 120 euros. Os bilhetes diários estão à venda por 60 euros.