Casos de cancro e diabetes em simultâneo vão crescer “significativamente”
Na véspera do Dia Mundial do Cancro, que se assinala na terça-feira, algumas associações apelam a uma acção internacional conjunta para travar a progressão das duas doenças e pedem mais prevenção e diagnósticos precoces.
O número de pessoas com cancro e com diabetes em simultâneo vai crescer “significativamente num futuro próximo”, estimam peritos internacionais, que pedem uma acção conjunta que trave “o rápido aumento” destas doenças.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O número de pessoas com cancro e com diabetes em simultâneo vai crescer “significativamente num futuro próximo”, estimam peritos internacionais, que pedem uma acção conjunta que trave “o rápido aumento” destas doenças.
Na véspera do Dia Mundial do Cancro, que se assinala na terça-feira, a Federação Internacional da Diabetes e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal apelam a uma acção internacional conjunta que travar a progressão das duas doenças e pedem mais prevenção e diagnósticos precoces. “Tendo em conta o aumento de novos casos de cancro e de diabetes, o número de pessoas com as duas doenças em simultâneo aumentará significativamente num futuro próximo”, refere um comunicado divulgado pelas duas organizações nesta segunda-feira.
Alimentação desadequada, sedentarismo, tabaco, consumo excessivo de álcool e poluição são alguns dos factores de risco comuns ao cancro e à diabetes. “Adicionalmente, as pessoas com diabetes têm um risco acrescido de desenvolver determinados tipos de cancro, além de um pior prognóstico após o diagnóstico”, indicam as duas organizações.
Na tomada de posição conjunta, defendem medidas que promovam ambientes propícios a estilos de vida saudável, diagnósticos precoces, acompanhamento médico para alcançar um bom controlo da diabetes, programas de educação para pessoas com diabetes e cuidadores.
Estas medidas “devem ser encorajados pelos governantes”, apela a Federação Internacional da Diabetes e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP). “Melhoria nos cuidados, mais apoio social e combate à discriminação” são outra das preocupações comuns a pessoas que vivem com cancro e diabetes e que as duas associações entendem que devem ser “prioridades das agendas públicas de saúde”, tanto a nível local como internacional.
As duas instituições da área da diabetes lembram que a luta contra o cancro em pessoas com diabetes é mais facilitada para quem tem acesso a uma boa educação sobre a sua doença e para quem tem apoio social e emocional.
O comunicado da APDP e da Federação Internacional recorda que as doenças não transmissíveis, incluindo o cancro e a diabetes, estão entre as dez “ameaças à saúde global” identificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Cerca de 43,8 milhões de pessoas em todo o mundo sobrevivem actualmente após um diagnóstico de cancro e muitas delas irão viver com outras patologias crónicas, como a diabetes, que é uma das mais prevalentes.