Sindicatos dizem que greve fechou 1500 escolas

Paralisação prevista para os trabalhadores da função pública para esta sexta-feira está a afectar educação, saúde e justiça em várias partes do país

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Daniel Rocha

Trabalhadores da administração pública de todo o país mobilizaram-se hoje numa jornada de luta por melhores salários, encerrando vários serviços, com os sindicatos a avançarem uma adesão de 90% na saúde e na educação e 60% na justiça.

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Trabalhadores da administração pública de todo o país mobilizaram-se hoje numa jornada de luta por melhores salários, encerrando vários serviços, com os sindicatos a avançarem uma adesão de 90% na saúde e na educação e 60% na justiça.

Mais de 1500 escolas estiveram fechadas, de acordo com os dados divulgados pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

Segundo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) fecharam 90% das escolas.

A Frente Comum da Administração Pública tem marcada para hoje à tarde uma manifestação nacional em Lisboa, contra a proposta do Governo de aumentos salariais de 0,3%, esperando uma grande adesão.

Durante a manhã, o pólo principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) funcionou a meio gás, com reflexos nas consultas, exames e internamento, devido à primeira greve nacional da função pública que o actual Governo enfrenta.

Em Castelo Branco, a consulta externa do Hospital Amato Lusitano esteve a funcionar sem funcionários administrativos, o que obrigou à confirmação electrónica das consultas e causou alguma confusão.

Os sindicatos fizeram um balanço “muito positivo” dos efeitos da paralisação no Hospital de São João, no Porto, o maior da região Norte, assinalando a paragem de muitos serviços e fortes condicionamentos em outros.

A greve de trabalhadores da função pública levou ao encerramento de vários serviços hospitalares no Algarve, com os blocos operatórios de Faro e Portimão em serviços mínimos e consultas canceladas.

Centenas de serviços públicos estiveram encerrados, com os trabalhadores a rejeitarem a proposta de aumento salarial de 0,3%, que consideram "insultuosa".

O fecho de escolas foi um dos sinais visíveis da greve em Aveiro, mas também em Coimbra, Lisboa, no Alentejo, em Faro, Portimão e na Madeira, como em muitas outras regiões.

Nos bombeiros profissionais, a adesão ao protesto rondou 80% a 85%.

Na Madeira, o Serviço de Saúde indicou que a adesão dos profissionais do sector foi “muito residual” porque os sindicatos dos enfermeiros e dos médicos não emitiram pré-avisos de greve na região autónoma.

Na área da Justiça, dos 162 funcionários da Comarca da Madeira, 48 aderiram à greve. Houve quatro secções fechadas, mas os julgamentos estavam a realizar-se.

Também os trabalhadores dos supermercados e armazéns de logística das empresas de distribuição fizeram greve para exigirem aumentos salariais de 90 euros e a valorização das carreiras.