Há seis décadas, ele não sabia se seria capaz. Mas queria muito. Hoje, em Viana do Castelo, eles e elas também não sabem se serão capazes, mas querem, muito, recolocar aquele homem que embarcou, cheio de dúvidas, como médico da frota de pesca do bacalhau, em 1957, no centro das atenções do país. António Martinho do Rosário, o clínico, nasceu há cem anos, mas é Bernardo, Santareno e escritor, o português que o teatro celebra em 2020. Pondo-o por exemplo, de novo, no navio-hospital Gil Eannes, fantasma vozeando entre corredores estreitos e as memórias de pescadores à espera de uma cura. Fantasma feito corpo no corpo de mais de quatro dezenas de homens e mulheres que, nestes três dias, se sonham actores, vestindo bata branca.
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Há seis décadas, ele não sabia se seria capaz. Mas queria muito. Hoje, em Viana do Castelo, eles e elas também não sabem se serão capazes, mas querem, muito, recolocar aquele homem que embarcou, cheio de dúvidas, como médico da frota de pesca do bacalhau, em 1957, no centro das atenções do país. António Martinho do Rosário, o clínico, nasceu há cem anos, mas é Bernardo, Santareno e escritor, o português que o teatro celebra em 2020. Pondo-o por exemplo, de novo, no navio-hospital Gil Eannes, fantasma vozeando entre corredores estreitos e as memórias de pescadores à espera de uma cura. Fantasma feito corpo no corpo de mais de quatro dezenas de homens e mulheres que, nestes três dias, se sonham actores, vestindo bata branca.