Sondagem revela que 67% dos inquiridos não votariam num partido que acabasse com as touradas
Mais de 55% acreditam que a tauromaquia contribui de forma positiva para a imagem de Portugal.
Pouco mais de 67% dos inquiridos numa sondagem não votariam num partido que tentasse proibir as touradas. O estudo de opinião foi feito pela Eurosondagem para a ProToiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia e contou com 1100 respostas válidas.
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Pouco mais de 67% dos inquiridos numa sondagem não votariam num partido que tentasse proibir as touradas. O estudo de opinião foi feito pela Eurosondagem para a ProToiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia e contou com 1100 respostas válidas.
Na resposta à pergunta “qual a sua postura em relação às touradas?” 30,3% dos inquiridos afirmam ser aficionados, 33,7% dizem que o tema lhes é indiferente, 22,7% admitem não gostar mas respeitam a liberdade de escolha e 11% mostram-se contra as actividades tauromáquicas.
O desdobramento por faixa etária dos que responderam a esta pergunta mostra que 30% dos jovens entre os 15 e 30 anos se declaram como aficionados. Cerca de 29% dizem que lhes é indiferente, 24% não gostam, mas respeitam a liberdade de escolha e 15% são contra.
Outra das perguntas a que os entrevistados responderam nesta sondagem foi: “Já assistiu ou costuma assistir a touradas ao vivo?”. Nesta questão, 50,5% afirmam que sim e 43,3% dizem que não, sendo que 6,2% dizem não saber a resposta ou simplesmente optam por não responder.
Quando questionados sobre se “o espectáculo taurino contribui para a imagem do nosso país”, 56,3% dos inquiridos assumem que a tauromaquia contribui de forma positiva para a imagem de Portugal, enquanto 33,1% relatam não ter qualquer impacto. Já 4,4% das respostas vai no sentido de que contribuem de forma negativa.
Relativamente à pergunta “votaria num partido que tomasse medidas proibitivas contra actividade cultural, contra touradas ou largadas de toiros?”, 67,1% dos portugueses inquiridos respondem que não. Apenas 14,5% respondem afirmativamente e 18,4% dizem não saber ou optam por não responder.
“Por muito que uma ruidosa minoria continue a espalhar mentiras sobre a festa, a tauromaquia dá cada vez mais provas de que continua bem viva e a crescer, principalmente junto das novas gerações”, afirma João Santos, presidente da ProToiro, num comunicado.
Já no que diz respeito à assistência de espectáculos taurinos por menores de idade, 71,1% dos inquiridos afirmam que deveria ser “a família” a tomar essa decisão, 20,2% acham que deveria ser o Estado e 8,7% das pessoas dizem não saber ou não querer responder. Por outro lado, 65,4% dos inquiridos afirmam já ter assistido ou costumar assistir a espectáculos tauromáquicos na televisão, 32,7% negam fazê-lo e 1,9% afirmam não saber ou não querer responder.
A ProToiro é a representante oficial do sector em Portugal, reunindo aficionados, toureiros, forcados, empresários, ganadeiros e as misericórdias, enquanto proprietários de praças.
Ficha técnica
O estudo de opinião foi efectuado pela Eurosondagem para a ProToiro, de 14 a 19 de Dezembro de 2019. As entrevistas telefónicas foram realizadas por entrevistadores seleccionados e supervisionados. O universo é a população com 15 anos ou mais, residente em Portugal continental para telefones da rede fixa e telemóveis. A amostra foi estratificada por região e aleatória no que concerne a sexo e faixa etária. Foram efectuadas 1371 tentativas de entrevistas e, destas, 271 (19,8%) não aceitaram colaborar com o estudo de opinião. Foram validadas 1100 entrevistas. O erro máximo da amostra é de 2,92%, para um grau de probabilidade de 95,0%.
A Protoiro garantiu ao PÚBLICO que esta sondagem foi depositada na Entidade Reguladora da Comunicação Social, como está previsto na lei.