Vendas do iPhone no Natal empurram receitas da Apple para cima do previsto
A empresa destacou as receitas do iPhone no final de 2019, o potencial do serviço de televisão e o impacto do coronavirus nos próximos resultados.
Os últimos meses de 2019 foram bons para a Apple. Os novos modelos de iPhone foram muito procurados durante o período natalício, empurrando as receitas da empresa para 91,8 mil milhões dólares (cerca de 83,4 mil milhões de euros) – é uma subida de quase 9% face ao trimestre ao homologo.
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Os últimos meses de 2019 foram bons para a Apple. Os novos modelos de iPhone foram muito procurados durante o período natalício, empurrando as receitas da empresa para 91,8 mil milhões dólares (cerca de 83,4 mil milhões de euros) – é uma subida de quase 9% face ao trimestre ao homologo.
Só em Dezembro, as vendas de telemóveis iPhone geraram 56 mil milhões de dólares. “É mais 8% do que há um ano”, frisou o presidente executivo da Apple durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre fiscal de 2020 (que inclui informação sobre Outubro, Novembro e Dezembro de 2019). “Isto é graças à extraordinária procura pelo iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max. Aliás, o iPhone 11 foi o nosso modelo mais vendido em todas as semanas do trimestre de Dezembro.”
Ao todo, a receita dos produtos foi de 79,1 mil milhões de dólares – ou seja, os produtos da Apple além do iPhone (desde computadores, a auriculares ou relógios) geraram 23 mil milhões de dólares. Daqui, as maiores fatias foram para os computadores Mac (7,2 mil milhões de dólares) e o iPad (seis mil milhões de dólares). Os resultados superaram até as expectativas da Apple, que tinha previsto uma receita total entre 85,5 mil milhões de dólares e 89,5 mil milhões de dólares.
Ainda assim, Tim Cook fez questão de destacar aumentos nos outros serviços. É uma área em que a empresa tem investido bastante e cujo crescimento tem ajudado a compensar trimestres em que as vendas do iPhone descem, como aconteceu o ano passado.
“Chegámos aos 12,7 mil milhões de dólares, representando uma subida recorde de 17% face ao ano passado”, disse Tim Cook sobre serviços como o Apple Music e o Apple Play. A empresa espera que, com o tempo, o valor aumente, com a maior aposta na Apple TV+, que é a resposta a serviços de streaming como a Netflix, a HBO ou o YouTube Originals. Para já, o serviço não teve “impacto material” nos resultados trimestrais, com a empresa a acentuar que a apenas foi lançado em Novembro. “Vamos continuar focados em contar histórias que interessam”, disse Tim Cook.
Impacto do coronavírus
Durante a apresentação dos resultados, o coronavírus também foi tópico, com a empresa a admitir que tem fornecedores em Wuhan e que o vírus pode dificultar operações nas fábricas da Apple na China. “Todos estes fornecedores são fontes alternativas. E estamos obviamente a trabalhar em planos para mitigar e compensar qualquer perda ao nível da produção”, disse Tim Cook, notando que a empresa tem feito donativos a organizações a trabalhar na área.
Embora a empresa não dependa dos fornecedores em Wuhan, a Apple nota que muitas empresas, que deviam reabrir no final de Janeiro com o fim das celebrações do ano novo chinês, vão permanecer fechadas até dia 10 de Fevereiro.
“Ao nível do apoio ao consumidor e vendas, fechámos uma das nossas lojas e muitas lojas de parceiros nossos também fecharam”, acrescentou Cook. “As lojas que se mantêm abertas estão a trabalhar em horário reduzido. Estamos a tomar precauções adicionais como fazer a limpeza a fundo das nossas lojas regularmente e monitorizar a temperatura dos trabalhadores.”
Tendo isto em conta, a Apple espera atingir uma receita entre os 63 mil milhões de dólares e os 67 mil milhões de dólares entre Janeiro e Março de 2020.