Prémio IN3+: um milhão para a inovação
Imprensa Nacional-Casa da Moeda promove um dos maiores prémios de investigação nacionais.
Mais investigação e mais inovação é o que a Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) procura através do renovado Prémio de Inovação, agora prémio IN3+. Com um milhão de euros para apoiar projectos em áreas emergentes relacionadas com a sua actividade, a INCM atribui um dos maiores prémios de investigação em Portugal. A partir de 1 de Fevereiro e até ao final de Março, os investigadores nacionais que integrem a Rede de Inovação da INCM poderão submeter as suas propostas.
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Mais investigação e mais inovação é o que a Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) procura através do renovado Prémio de Inovação, agora prémio IN3+. Com um milhão de euros para apoiar projectos em áreas emergentes relacionadas com a sua actividade, a INCM atribui um dos maiores prémios de investigação em Portugal. A partir de 1 de Fevereiro e até ao final de Março, os investigadores nacionais que integrem a Rede de Inovação da INCM poderão submeter as suas propostas.
O evento de lançamento, marcado para 31 de Janeiro, integra também a apresentação de alguns dos projectos desenvolvidos no INCM Lab, o departamento que se dedica exclusivamente à área da inovação. Os participantes poderão experienciar algumas das soluções ali desenvolvidas e assistir a uma mesa redonda dedicada à cultura de inovação. A sessão de encerramento ficará a cargo do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
Os vencedores serão escolhidos de acordo com a criatividade e inovação das ideias propostas tendo em conta também o potencial de desenvolvimento em relação ao mercado já existente e à exequibilidade da solução. O regulamento pode ser consultado na página dedicada ao IN3+ e os premiados serão anunciados em Junho.
A inovação no ADN da INCM
A inovação tem sido uma das apostas estratégicas da INCM, promovendo o desenvolvimento de novas ideias para as suas áreas de actuação através de uma relação estreita com o meio académico e científico. Depois de duas edições do Prémio de Inovação, em 2016 e em 2017, este ano a INCM volta a desafiar a sua Rede de Inovação para desenvolver projectos disruptivos no âmbito da segurança de documentos, processamento de dados, melhoria de processos produtivos e na criação de novos produtos, serviços e modelos de negócio.
A INCM desafia os investigadores a pensarem em soluções inovadoras que possam integrar a sua oferta de produtos e serviços, proporcionando a concretização efectiva dos projectos. Para já, o regulamento determina que os candidatos estejam ligados às universidades e centros de investigação da Rede de Inovação ou a startups que apresentem candidatura conjunta com uma entidade elegível. Numa próxima edição, é possível que o concurso se estenda a outros interessados.
Constituída actualmente por universidades, centros de investigação e laboratórios de todo o país, a Rede de Inovação da INCM tem permitido o investimento em projectos de I&D cujos resultados se reflectem no dia-a-dia dos cidadãos. Qualquer entidade do Sistema Nacional de I&I (Inovação e Investigação), pública ou privada, pode propor a adesão à Rede, contribuindo, assim, para uma maior proximidade entre o meio académico e o contexto empresarial.
Investir no futuro, melhorar o presente
O prémio IN3+ irá reconhecer as ideias mais inovadoras que possam integrar as diferentes actividades da INCM, além da produção de moeda e de documentos de identificação e selos de segurança que garantem a autenticidade de produtos. A INCM assume também, entre outros, a edição de obras literárias, a gestão de formulários electrónicos e a prestação de serviços de desmaterialização de documentos.
São seis os projectos em curso, reconhecidos nas edições anteriores. Na primeira edição da iniciativa, em 2016, o projecto “Papel Secreto – Uma abordagem Inovadora e de Baixo Custo” foi o grande vencedor. A equipa de investigadores do Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT/ CEMOP) e do Centro de Tecnologia e Sistemas (CTS), ambos pertencentes à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), apresentou uma solução inovadora para integração de um sistema electrónico de segurança em documentos impressos em papel. Para a INCM, incorporar tecnologia no papel permite garantir uma maior segurança na rastreabilidade dos documentos.
Em 2017, foi o robô ATLAS (Autonomous Transport for Logistic Automatic System), criado por um grupo de investigadores da FCT-UNL, que arrecadou o valor atribuído ao primeiro prémio. Para a logística de produção e expedição do passaporte e cartão de cidadão, a INCM investiu neste sistema de robótica colaborativa que garante a segurança e fácil localização dos documentos bem como um alívio para os colaboradores em tarefas minuciosas e sistematizadas.
Em 2020, mais investimento
Nesta que é a terceira edição deste prémio, o investimento reservado à inovação é superior aos anos anteriores. Os valores dos prémios podem ir até 600.000€ para o primeiro classificado e de 250.000€ e 150.000€ para os segundos e terceiros lugares, respectivamente. Além do financiamento dos três projectos seleccionados, uma percentagem desse valor irá premiar directamente os investigadores envolvidos.
O júri, presidido pela professora e deputada europeia Maria Manuel Leitão Marques, conta também com José Ramalho Fontes (professor universitário e presidente da AESE), Elvira Fortunato (também professora, vice reitora da Universidade Nova de Lisboa e coordenadora da equipa que venceu a 1ª edição do Prémio Inovação) bem como com o professor e advogado João Tiago Silveira, o jornalista Pedro Pinto e Sílvia Garcia, responsável pelo departamento de inovação da INCM (INCMLab).