Novo líder do CDS: “Seremos um partido que se tornará sexy

Francisco Rodrigues dos Santos promete devolver a “identidade” ao partido.

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Paulo Pimenta

Francisco Rodrigues dos Santos, o líder eleito do CDS no 28.º congresso deste domingo, em Aveiro, prometeu lutar por um partido que “se tornará sexy” e garantiu também que o CDS não se irá apagar: “Não nos vamos diluir em nenhuma força política”. 

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Francisco Rodrigues dos Santos, o líder eleito do CDS no 28.º congresso deste domingo, em Aveiro, prometeu lutar por um partido que “se tornará sexy” e garantiu também que o CDS não se irá apagar: “Não nos vamos diluir em nenhuma força política”. 

No discurso de encerramento, num pavilhão com um cenário modesto, o novo presidente dos centristas defendeu que é o “momento” de voltar a “andar no terreno com uma identidade clara e um rosto visível”. Rodrigues dos Santos precisou até o estilo que quer imprimir ao CDS: “Seremos um partido sexy, mas não por defendermos os valores que não são nossos, mas por utilizarmos estratégias de comunicação acutilantes, disruptivas e actuais.”

Francisco Rodrigues dos Santos começou por elogiar os centristas como Filipe Lobo d’Ávila que se juntaram à nova equipa, apesar de terem protagonizado outra candidatura. Foi um sinal de “união”, salientou. “O CDS precisa de construir pontes e não erguer muros, com listas tendo por suporte as várias sensibilidades neste congresso. Cabem cá todos”, justificou. 

Assumindo que quer uma oposição que “não será trovoada de críticas e de protesto”, o novo líder dos centristas defende antes “uma oposição construtiva às esquerdas que governam” e um CDS “afirmativo e não meramente responsivo e que não perde autorização à esquerda para defender os seus valores”.

Na linha do que tem defendido para o partido, Francisco Rodrigues dos Santos reiterou que o CDS se situa à direita. “Somos um partido que é de direita sem complexos e sem tibiezas, mas não passará os dias a dizer que o é”, afirmou. E, assumindo que quer “construir a alternativa aos socialistas”, colocou a fasquia: “Sejamos claros, à direita, lidera o CDS”.

Aplaudido pelos delegados (embora a sala já estivesse mais vazia depois de horas de atraso da sessão de encerramento), Francisco Rodrigues dos Santos começou por considerar “este congresso foi uma prova de vida do CDS”.

“Para aqueles que achavam que o CDS podia estar a viver um período de definhamento enganaram-se”, disse, colocando em cima da mesa o objectivo do partido: “Estamos cá para combater a esquerda e o socialismo em Portugal”.

O novo líder quer reforçar a “malha autárquica”, para que o CDS “não conte” apenas vereadores também “passe a contar” muitos presidentes de câmara, do Norte, do Sul e Ilhas.

Depois de prestar um “tributo solene” aos militantes do congresso no Palácio de Cristal que “resistiram ao extremismo”, o novo líder considerou que este “é o momento se se reconciliar com o seu passado e com todos os seus ex-presidentes.”