Tónan Quito: quatro Tchékhovs de enfiada

A Gaivota, Três Irmãs, O Tio Vânia e O Ginjal numa só (longa) noite? Sim, Tónan Quito atrever-se-á a tanto em Julho, embora aposte também numa apresentação faseada para os menos aventureiros.

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Haverá duas sessões integrais com as quatro peças que terão início (a 11 e 18 de Julho) às 19h e terminarão às 06h (isso mesmo, de madrugada), divididas em dois blocos de cinco horas, com dois intervalos para refeição Estelle Valente

Após entusiasmantes encenações de Ricardo III (Shakespeare), O Inimigo do Povo (Ibsen) e Casimiro e Carolina (Horváth), andava Tónan Quito muito sossegado nas suas vestes de encenador para que não estivesse, afinal, a preparar algo de muito particular. Era, ainda assim, impossível de imaginar que na sua cabeça estivesse a ganhar forma um gesto tão desmesurado quanto o de colocar em palco quatro grandes textos dramáticos de Anton Tchékhov (A Gaivota, Três Irmãs, O Tio Vânia e O Ginjal) de uma assentada. E não, não estamos sequer a falar de distribuir quatro peças ao longo de uma temporada. Vai ser mesmo em dois blocos de duas obras, como se juntasse as quatro partes para criar uma só peça e para ver em sequência — dois dos “episódios” montados no Teatro São Luiz, os outros dois no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa —, de 7 a 18 de Julho. De 17 a 19 de Setembro (datas previstas), esta dose concentrada de Tchékhov dividir-se-á também pelo Teatro Rivoli e pelo Teatro Nacional de São João, no Porto, no âmbito do União de Facto, programa que une as duas instituições.

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Após entusiasmantes encenações de Ricardo III (Shakespeare), O Inimigo do Povo (Ibsen) e Casimiro e Carolina (Horváth), andava Tónan Quito muito sossegado nas suas vestes de encenador para que não estivesse, afinal, a preparar algo de muito particular. Era, ainda assim, impossível de imaginar que na sua cabeça estivesse a ganhar forma um gesto tão desmesurado quanto o de colocar em palco quatro grandes textos dramáticos de Anton Tchékhov (A Gaivota, Três Irmãs, O Tio Vânia e O Ginjal) de uma assentada. E não, não estamos sequer a falar de distribuir quatro peças ao longo de uma temporada. Vai ser mesmo em dois blocos de duas obras, como se juntasse as quatro partes para criar uma só peça e para ver em sequência — dois dos “episódios” montados no Teatro São Luiz, os outros dois no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa —, de 7 a 18 de Julho. De 17 a 19 de Setembro (datas previstas), esta dose concentrada de Tchékhov dividir-se-á também pelo Teatro Rivoli e pelo Teatro Nacional de São João, no Porto, no âmbito do União de Facto, programa que une as duas instituições.