Renata Carvalho: a “travaturga” que faz frente ao Brasil reaccionário

Tão elogiada e celebrada como perseguida e demonizada, é uma voz cada vez mais necessária no teatro brasileiro. O solo Manifesto Transpofágico chega a 8 e 9 de Maio ao Rivoli via FITEI,

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A actriz, encenadora e dramaturga tem sido um dos alvos do ódio da facção reaccionária do Brasil, de fanáticos religiosos a políticos e juízes

Já teve de fazer um espectáculo vestida com colete à prova de balas e já escapou a uma bomba caseira que atiraram para um palco onde actuava. “Achei que ia morrer aos 35 anos, em cima do palco.” Desde a estreia de O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, em 2016, que a actriz, encenadora e dramaturga Renata Carvalho tem sido um dos alvos do ódio da facção reaccionária do Brasil, de fanáticos religiosos a políticos e juízes. Tocou-lhes num ponto sensível: mulher trans e travesti num país onde a expectativa de vida das pessoas trans é de 35 anos, encarnou o Jesus transgénero da peça da britânica Jo Clifford.

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Já teve de fazer um espectáculo vestida com colete à prova de balas e já escapou a uma bomba caseira que atiraram para um palco onde actuava. “Achei que ia morrer aos 35 anos, em cima do palco.” Desde a estreia de O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu, em 2016, que a actriz, encenadora e dramaturga Renata Carvalho tem sido um dos alvos do ódio da facção reaccionária do Brasil, de fanáticos religiosos a políticos e juízes. Tocou-lhes num ponto sensível: mulher trans e travesti num país onde a expectativa de vida das pessoas trans é de 35 anos, encarnou o Jesus transgénero da peça da britânica Jo Clifford.