A Segurança Nacional (Homeland) chega este ano ao fim e com ela um ciclo de narrativas norte-americanas televisivas mainstream do pós-11 de Setembro. Depois de uma década com Jack Bauer e 24, série tão viciante quanto conservadora, os deuses televisivos criaram a mulher — Carrie Mathison, agente problemática, matizada na sua doença bipolar ou paixão pelo inimigo e, como descreve a sua intérprete, “patriota”. Do contra-terrorismo primário em que todos os inimigos são muçulmanos e em que um só homem defende a liberdade americana à lei do waterboarding, a televisão mudou de canal para que o canal Showtime ganhasse uma camada de prestígio e Claire Danes recebesse dois Emmys de Melhor Actriz e a série fosse eleita o Melhor Drama. Transitaria de uma América sob o signo de Obama (o casal presidencial e Hillary Clinton pediam episódios antes de irem para o ar), dos drones e do estado de vigilância para a administração Trump em que a Rússia e a paranóia interna eram os novos fantasmas.
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A Segurança Nacional (Homeland) chega este ano ao fim e com ela um ciclo de narrativas norte-americanas televisivas mainstream do pós-11 de Setembro. Depois de uma década com Jack Bauer e 24, série tão viciante quanto conservadora, os deuses televisivos criaram a mulher — Carrie Mathison, agente problemática, matizada na sua doença bipolar ou paixão pelo inimigo e, como descreve a sua intérprete, “patriota”. Do contra-terrorismo primário em que todos os inimigos são muçulmanos e em que um só homem defende a liberdade americana à lei do waterboarding, a televisão mudou de canal para que o canal Showtime ganhasse uma camada de prestígio e Claire Danes recebesse dois Emmys de Melhor Actriz e a série fosse eleita o Melhor Drama. Transitaria de uma América sob o signo de Obama (o casal presidencial e Hillary Clinton pediam episódios antes de irem para o ar), dos drones e do estado de vigilância para a administração Trump em que a Rússia e a paranóia interna eram os novos fantasmas.