China aumenta para 571 número de pessoas infectadas por novo coronavírus
Fora da China continental, foram já confirmados casos da doença em Macau, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Tailândia e Estados Unidos.
As autoridades de saúde da China aumentaram para 571 o número de pessoas infectadas com o novo tipo de coronavírus, que já causou 17 mortes, informou esta quinta-feira a agência de notícias estatal Xinhua.
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As autoridades de saúde da China aumentaram para 571 o número de pessoas infectadas com o novo tipo de coronavírus, que já causou 17 mortes, informou esta quinta-feira a agência de notícias estatal Xinhua.
A Comissão Nacional de Saúde da China disse que, até à meia-noite da quarta-feira, tinha contabilizado 571 casos confirmados em 25 províncias e regiões do país. Na quarta-feira, as autoridades tinham registado 131 novos casos.
Até ao momento, os serviços de saúde chineses acompanham 5897 pessoas que mantiveram contacto próximo com pacientes infectados e, dessas, 4928 estão em observação. De acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, o período de incubação do vírus pode estender-se até 14 dias.
A Comissão Nacional de Saúde da China tinha já alertado que este novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infecções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”.
Fora da China continental, foram confirmados casos da doença em Macau, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Japão, Tailândia e Estados Unidos.
Os primeiros casos do vírus “2019 – nCoV” apareceram em meados de Dezembro na cidade chinesa de Wuhan, capital da província central de Hubei, quando começaram a chegar aos hospitais pessoas com uma pneumonia viral. Em todos os casos, os doentes trabalhavam ou visitavam com frequência o mercado de marisco e carnes de Wuhan. As autoridades desconhecem ainda a origem exacta da infecção, mas vários indícios apontam para animais infectados, que são comercializados vivos, a transmitir a doença aos seres humanos.
Os sintomas destes coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, incluindo falta de ar.
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu na quarta-feira prolongar até hoje a reunião do Comité de Emergência para decidir se declara emergência de saúde pública internacional o surto de um novo coronavírus na China.