Montanha do Pico em alta nas visitas: horário de apoio às subidas vai ser alargado

Em 2019, o número de caminhantes na montanha subiu 13,5%. Foram mais de 20 mil as subidas registadas. De Maio a Setembro, a Casa da Montanha passa a estar aberta ininterruptamente todos os dias.

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Rui Soares

Com mais de 20 mil subidas registadas em 2019, a Casa da Montanha, na ilha do Pico, que marca o arranque do percurso de subida da montanha, vai estender o horário de funcionamento a partir de 1 de Abril, “antecipando em um mês a época alta”.

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Com mais de 20 mil subidas registadas em 2019, a Casa da Montanha, na ilha do Pico, que marca o arranque do percurso de subida da montanha, vai estender o horário de funcionamento a partir de 1 de Abril, “antecipando em um mês a época alta”.

Em declarações à agência Lusa, o director regional do Ambiente dos Açores, Hernâni Jorge, avançou que, na sequência do balanço do ano de 2019, em que se registou um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior na subida da montanha, está a ser preparada “uma revisão do regulamento” que prevê o alargamento dos períodos de funcionamento da Casa da Montanha.

No mês de Abril, a partir do dia 1, o espaço de registo e apoio aos montanhistas que sobem ao ponto mais alto de Portugal, deixa de fechar às 18h e passa a fechar às 20h, mantendo-se a abertura às 8h. “E ininterruptamente das 8h de sexta-feira às 20h de domingo”, explicou o governante.

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Depois, “no mês de Maio, em que só estava aberta ininterruptamente aos fins-de-semana, passa a estar aberta ininterruptamente todos os dias”, mantendo-se em funcionamento 24 horas por dia até 30 de Setembro, prosseguiu.

O número de visitantes da montanha, que soma 2.351 metros de altitude, tem vindo a aumentar nos últimos anos, mas, apontou o responsável pela pasta do Ambiente, em 2019, “na sequência do estabelecimento, há cerca de dois anos, da limitação da carga diária, essa distribuição e esse crescimento fez-se também por via de uma quebra da sazonalidade e de uma maior distribuição ao longo dos meses do ano”.

A Direcção Regional do Ambiente estabeleceu um limite de 320 subidas diárias.

O regulamento de acesso à montanha determina ainda que “a capacidade de carga de referência para o percurso é de 160 visitantes, em simultâneo, podendo ser reduzida ou aumentada, até 25%, por decisão do director do Parque Natural do Pico, tomada para um período específico, em função do estado do trilho e das condições meteorológicas”.

“A avaliação que fazemos com os parceiros, mostram que [as medidas] são adequadas à dinâmica e à realidade da montanha e aos objectivos de conservação e gestão do trilho, mas estes são processos dinâmicos, em que a monitorização é permanente, quer da nossa parte, quer na relação directa com os parceiros, sobretudo com os guias e empresas habilitadas que operam na montanha”, afirmou Hernâni Jorge.

Durante este ano, houve apenas um dia em que o acesso foi fechado por ter sido atingido o limite de carga máxima.

“Os visitantes assimilaram de forma rápida e normal as regras. Eles próprios já procuram a montanha distribuindo ao longo da semana, ao longo dos meses, de forma a que o limite máximo diário não seja ultrapassado”, considerou o governante.

Da parte do executivo regional tem havido um esforço de “promover uma maior procura através de empresas habilitadas”, sendo que “em 2014 apenas 25% dos visitantes da montanha eram acompanhados por guias ou empresas de montanha, e em 2019 esse valor atingiu os 47%. Em termos absolutos, em 2014 foram cerca de 2000, em 2019 foram quase 9.400 visitantes que subiram com guia”.

Mesmo com um aumento do número de visitantes, “o número de resgates mantém-se mais ou menos o mesmo”, situando-se numa média de 12 resgates por ano.