Ficou célebre aquele artigo de Jacques Rivette nos Cahiers du Cinéma a propósito de Kapo, de Gillo Pontecorvo, e do seu travelling “imoral” que ignorava a dimensão humana da história que se queria contar em nome da precisão estética do plano. O que diria, então, Rivette de 1917 de Sam Mendes, filme que se estrutura como um imenso plano-sequência de duas horas que, em tempo real, acompanha dois soldados numa missão impossível durante a Primeira Guerra Mundial?
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Ficou célebre aquele artigo de Jacques Rivette nos Cahiers du Cinéma a propósito de Kapo, de Gillo Pontecorvo, e do seu travelling “imoral” que ignorava a dimensão humana da história que se queria contar em nome da precisão estética do plano. O que diria, então, Rivette de 1917 de Sam Mendes, filme que se estrutura como um imenso plano-sequência de duas horas que, em tempo real, acompanha dois soldados numa missão impossível durante a Primeira Guerra Mundial?